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Greenpeace assume ter deixado mala com alarme em comissão da Câmara

Segundo ONG, "protesto teve como objetivo chamar a atenção para os riscos da aprovação do projeto, que libera ainda mais agrotóxicos no Brasil"

Câmara dos Deputados: alarme de moto soou no plenário onde era realizada reunião sobre projeto que altera as regras para agrotóxicos (Ueslei Marcelino/Reuters)

Câmara dos Deputados: alarme de moto soou no plenário onde era realizada reunião sobre projeto que altera as regras para agrotóxicos (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de junho de 2018 às 20h13.

O Greenpeace assumiu ter deixado uma pasta contendo um alarme de moto no plenário 6 da Câmara dos Deputados na quarta-feira, 20, onde era realizada uma reunião para discussão do projeto que altera as regras para registro, comercialização e uso de agrotóxicos no País.

Segundo a assessoria de imprensa do Greenpeace, o "protesto teve como objetivo chamar a atenção para os riscos da aprovação do projeto, que libera ainda mais agrotóxicos no Brasil".

Em nota, a organização afirma que o equipamento foi retirado do local pouco depois. A sessão continuou, sendo suspensa mais tarde devido ao início da ordem do dia no Plenário da casa. O texto reitera que o alarme "não representava risco algum para a segurança dos presentes" e acrescenta que continuarão "mobilizados".

Nesta sexta-feira, 22, as Associações dos Produtores de Milho (Abramilho), Algodão (Abrapa) e Soja (Aprosoja Brasil) divulgaram nota de repúdio à iniciativa do Greenpeace.

"Não é aceitável que, sob o argumento de 'alerta contra o PL', conforme divulgou em sua página, o organismo faça uso de objeto que simula uma arma para coagir os presentes. Diante da gravidade da situação, o setor produtivo pede transparência nas investigações e a punição dos responsáveis pelo ato", diz o texto.

No dia do ocorrido, a presidente da comissão especial, deputada Tereza Cristina (DEM/MS), afirmou que o artefato não apresentava riscos.

"A identificação da mala não determinou a interrupção, mas mostra a necessidade de se controlar a entrada na sala de comissão", complementou.

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