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Gravador de jatinho deveria ter sido checado, diz Anac

Segundo a Anac, pela regulamentação brasileira, o avião não pode decolar se o gravador não estiver funcionando


	Acidente aéreo na cidade de Santos, que causou a morte de Eduardo Campos
 (Facebook/Tassio Ricardo)

Acidente aéreo na cidade de Santos, que causou a morte de Eduardo Campos (Facebook/Tassio Ricardo)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 21h12.

Brasília - A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta-feira, 15, que as condições do gravador de voz (caixa preta) instalado no jatinho que levava o ex-governador Eduardo Campos (PSB-PE) deveriam ter sido avaliadas pelo piloto antes da decolagem.

"O equipamento, embora não seja um item de segurança, deve ser obrigatoriamente checado pelo comandante antes do início do taxiamento, conforme manual de operação do fabricante da aeronave", disse o órgão em nota.

Segundo a Anac, pela regulamentação brasileira, o avião não pode decolar se o CVR (gravador de voz da cabine, sigla em inglês) não estiver funcionando.

Além disso, o manual do fabricante estabelece uma vistoria do CVR a cada 150 horas de voo, ou 24 meses - o que ocorrer primeiro.

As autoridades brasileiras que investigam o acidente não informaram se as regras de manutenção do equipamento estavam sendo seguidas.

O manual do jatinho, um Cessna Aircraft 560XL, diz que o CVR grava as últimas duas horas do voo mais recente do avião.

No entanto, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, concluiu que os sons armazenados no equipamento não eram da viagem feita por Eduardo Campos no dia do acidente.

"As razões pelas quais o áudio obtido não corresponde ao voo serão apuradas durante o processo de investigação", acrescentou, em nota, a Força Aérea Brasileira.

A Anac reiterou nesta sexta-feira que o avião estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade válidos. A última verificação anual completa das manutenções foi executada em fevereiro deste ano.

O jornal O Estado de S. Paulo não conseguiu contato com o Grupo AF Andrade, operador do avião, segundo os registros da Anac. A reportagem telefonou para a Cessna e a empresa americana L3, fabricante do gravador de voz, mas não houve retorno.

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