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Grande SP tem maior média diária de internações por covid-19 em três meses

A taxa de ocupação de leitos de UTI na região da capital paulista está em 60%, e a de enfermaria em 54%. Nesta semana o governo restringiu o comércio

 (Getty/Getty Images)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 2 de dezembro de 2020 às 17h55.

Última atualização em 2 de dezembro de 2020 às 18h18.

No primeiro dia em que a quarentena na Grande São Paulo ficou mais restrita, com horário e a capacidade do comércio reduzidos, a média de internações dos últimos sete dias atingiu o maior valor em três meses.

De acordo com dados da Secretaria do Estado da Saúde, nesta quarta-feira, 2, a média diária é de 788 novos pacientes internados em leitos de enfermaria e de UTI, somando tanto a rede pública quanto a privada. A última vez que esta taxa esteve neste valor foi no dia 1° de setembro, quando ficou em 798.

A taxa de ocupação de leitos de UTI na região da capital paulista está em 60%, e a de enfermaria em 54%. A média diária de casos está em 2.255, uma das mais altas desde setembro. A região metropolitana tem um total de 580.856 casos confirmados e 24.408 mortes em decorrência da covid-19.

O governo de São Paulo colocou todo o estado na fase 3 amarela da quarentena nesta segunda-feira, 30, para controlar o avanço da covid-19. Com isso, o comércio passou a ter regras mais rígidas de funcionamento, com horário de atendimento e capacidade reduzidos.

A medida afetou a região onde se concentra a maior parte da população do estado, a Grande São Paulo, que já estavam na fase 4 verde, em uma escala que vai de 1 — a mais restrita — até 5. Também ficaram com medidas mais restritivas Taubaté, Campinas, Piracicaba, Sorocaba, Baixada Santista. As demais regiões já estavam na fase 3 amarela.

A regra tem validade até o dia 4 de janeiro, mas o governo disse que vai passar a acompanhar os dados semanalmente, antes eles eram analisados a cada 28 dias.

Na avaliação de especialistas e pesquisadores em saúde ouvidos pela EXAME, a medida ajuda mas não é o suficiente para conter o aumento no número de internações. Para eles, o mais importante neste momento, além da medida de diminuir a abertura do comércio, era fazer uma grande campanha de conscientização para que as pessoas estejam cientes de que ainda há risco.

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