Baía de Guanabara: Orla da Guanabara Prefeito Luiz Paulo Conde, na região portuária, é uma espécie de calçadão de 3,5 quilômetros, instalado em uma área completamente revitalizada (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Agência Brasil
Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 12h54.
O projeto paisagístico da Orla Conde, no Rio de Janeiro, será mais uma vez alterado. As grades colocadas pela Marinha em um trecho de frente para a Baía de Guanabara serão substituídas por guarda-corpos definitivos, confirmou hoje (7) a prefeitura da cidade.
As grades foram colocadas pelos militares na orla, em dezembro, em um pedaço da passagem que foi criada com a revitalização completa do local, criando um corredor, em frente ao 1º Distrito Naval e impedindo o acesso ao gramado e à área pública com novos bancos e bicicletários.
A justificativa era garantir a segurança dos pedestres, embora até aquele momento, ninguém tivesse caído no mar, apenas um cachorro, resgatado rapidamente.
A Orla da Guanabara Prefeito Luiz Paulo Conde, na região portuária, é uma espécie de calçadão de 3,5 quilômetros, instalado em uma área completamente revitalizada, após a demolição de um antigo viaduto. Lá, bem próximo ao local onde as grades foram colocadas pelos militares, cercado por um espelho d'água, está o Museu do Amanhã, projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava - inspirado nas bromélias do Jardim Botânico, mas que se parece com uma baleia. O museu foi criado para não impedir a visão de outros importantes pontos turísticos, como o Mosteiro de São Bento.
A orla conta ainda com jardim, ciclovia, modernos parques para crianças, com pula-pula, e amplas áreas de convivência, com bancos e estacionamento para food trucks. Durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o local chegou a receber mais de 1 milhão de visitantes.
Criticadas por destoarem do novo projeto paisagístico, as grades devem ser substituídas por guarda-corpos "que respeitem o novo urbanismo do local" e serão projetadas sob supervisão da prefeitura, por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (CDURP) e da Marinha, que também será consultada. Ainda não há prazo para fazer a troca e o custo das novas estruturas, acordadas entre os órgãos em reunião no início do mês, não foi estimado.