Brasil

Governo vê erro de comunicação em taxação de plataformas digitais e mobiliza influenciadores

Episódio provocou grande desgaste para o governo nas redes sociais

Shoppe: O episódio provocou grande desgaste para o governo nas redes sociais (LightRocket/Getty Images)

Shoppe: O episódio provocou grande desgaste para o governo nas redes sociais (LightRocket/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 13 de abril de 2023 às 09h48.

O governo federal avalia que houve um erro de comunicação na divulgação das medidas para combater fraudes na venda de produtos de plataformas digitais, como Shopee e AliExpress. O entendimento é que iniciativas com impacto em grande parcela da população deveriam passar pelo Ministério da Secretária da Comunicação Social (Secom) antes de vir a público.

Para o Planalto, a iniciativa foi mal explicada. As notícias sobre o tema foram baseadas em declarações do secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. Na noite de ontem, o Ministério da Fazenda afirmou que nunca existiu isenção de US$ 50 para compras online do exterior. O que a pasta pretende fazer é reforçar a fiscalização.

O episódio provocou grande desgaste para o governo nas redes sociais. A Secom teve que articular um contra-ataque para conter o mal-estar, verificado inclusive na parcela do eleitorado mais identificada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as classes C e D.

Como parte da estratégia, influenciadores foram acionadas para tentar mudar a narrativa. Em uma postagem, o youtuber Felipe Neto destacou que “algumas empresas estão cometendo fraude para fugir do pagamento de impostos”. Procurado, Felipe Neto nega que tenha sido contatado pelo governo para fazer a postagem.

O governo também passou a divulgar cards com esse enfoque para tentar rebater a linha adotada por oposicionistas de que o governo quer prejudicar os consumidores de baixa renda. “Preocupado com suas compras online? Caalma!!! Tudo continua igual para quem compra e vende legalmente pela internet, inclusive o preço! As novas medidas visam inclusive a proteção dos direitos dos consumidores, que irão receber suas compras mais rápido e com mais segurança”, dizia um dos cards divulgados.

O Planalto entende que, a partir do meio-dia, com as iniciativas, foi possível estancar a repercussão negativa das medidas.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileirae-commerceChinaMinistério da FazendaGoverno LulaCarga tributária

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 23 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP