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Governo uruguaio nega asilo político a ativistas brasileiros

Eloísa Samy Santiago, David Paixão e a namorada dele, menor de idade, tiveram seus pedidos de asilo ao Uruguai negados


	Protesto na Praça Saens Peña, no Rio: ativistas tiveram seus pedidos de asilo negados pelo governo uruguaio
 (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Protesto na Praça Saens Peña, no Rio: ativistas tiveram seus pedidos de asilo negados pelo governo uruguaio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2014 às 13h17.

Rio de Janeiro - O governo uruguaio negou pedido de asilo político aos ativistas Eloísa Samy Santiago, David Paixão e a namorada dele, menor de idade, por meio do consulado no Rio de Janeiro.

Eloísa está com a prisão preventiva decretada pela Justiça do Rio desde a última sexta-feira (18), acusada de atos de violência durante manifestações que ocorreram na capital fluminense no ano passado. David Paixão, que em junho do ano passado era menor de 18 anos, e também participava dos atos e a namorada, buscaram asilo com medo de serem presos.

A deputada estadual Janira Rocha (Psol), acompanhou a permanência dos três no Consulado uruguaio durante o dia de ontem.

Já à noite, segundo a assessoria da parlamentar, a consulesa Myriam Fraschini Chalar informou que o pedido havia sido negado pela Embaixada do Uruguai, em Brasília, e que eles deveriam deixar a representação diplomática no Rio sob o risco de serem presos pela Polícia Federal.

Os três deixaram o prédio pela porta da frente e partiram em um carro preto com os vidros escuros, sem falar com os jornalistas que buscavam informações.

À tarde, dois policiais civis tentaram entrar na sede do consulado, com o mandado judicial de prisão em nome da advogada Eloísa Samy, mas foram impedidos pela segurança consular.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, a advogada Eloísa Samy juntou-se aos demais ativistas no exercício de sua atividade “tendo, após, desvirtuado sua conduta e passado a participar ativamente dos atos violentos, inclusive passando instruções aos ocasionais participantes, tendo sido vista ordenando o início de atos de violência”.

Ainda segundo a denúncia, a advogada prestava apoio logístico aos ativistas e cedia sua residência para reuniões.

Outras 22 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por participação em atos violentos durante manifestações de junho do ano passado no Rio de Janeiro. O juiz da 27ª Vara Criminal da Capital, Flávio Itabaiana, aceitou a denúncia e determinou a prisão preventiva de todos. Cinco já estão presos e 18 são considerados foragidos.

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