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Governo tenta adiar ida de Cid Gomes à Câmara

Diante da chance de a sessão na Câmara com o ministro da Educação virar palco de desforra contra o governo, integrantes entraram em campo para tentar adiá-la


	O ministro da Educação, Cid Gomes: "vai ser uma sessão de esculhambação", disse representante do PMDB
 (José Cruz/ABr)

O ministro da Educação, Cid Gomes: "vai ser uma sessão de esculhambação", disse representante do PMDB (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 18h10.

Brasília - Diante da possibilidade de a sessão na Câmara, na próxima quarta-feira, 11, com o ministro da Educação, Cid Gomes, virar palco de desforra contra o Palácio do Planalto, integrantes do governo entraram em campo para tentar adiá-la.

"Vai ser uma sessão de esculhambação que muitos estão aguardando com certa ansiedade", afirmou um representante da cúpula do PMDB.

Segundo integrantes da base aliada, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, teria procurado o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por telefone, para tentar convencê-lo a adiar a sessão e evitar o desgaste ao governo.

Também entrou no circuito o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que tem procurado lideranças da base para saber sobre a possibilidade do adiamento.

Santana integra o grupo de Cid Gomes e o sucedeu no comando do governo do Ceará, após derrotar o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, na última eleição de 2014.

A convocação do ministro da Educação foi aprovada na semana passada com objetivo de ele explicar, no plenário da Câmara, as declarações que teria dado sobre a existência de "300 a 400 achacadores" na Casa.

O encontro de Cid Gomes com os 513 deputados ocorre num momento de grande turbulência dentro da base aliada e tem como ingrediente a revolta do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Os dois peemedebistas constam no rol de parlamentares que tiveram pedido investigação feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), em razão da suposta participação em desvios ocorridos na Petrobras.

Ambos acusam o governo de ter influenciado na inserção dos respectivos nomes na lista.

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