Brasil

Governo Temer terá de se ajoelhar a Cunha, diz Dilma

Em entrevista a Folha de S. Paulo, a presidente afastada Dilma Rousseff fala sobre impeachment, governo Temer, Eduardo Cunha e sustenta uso do termo "golpe"


	Dilma Rousseff: governo Temer terá de se ajoelhar a Eduardo Cunha
 (Reprodução/YouTube)

Dilma Rousseff: governo Temer terá de se ajoelhar a Eduardo Cunha (Reprodução/YouTube)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 29 de maio de 2016 às 12h31.

São Paulo – Cunha é o governo Temer. A afirmação foi feita pela presidente afastada Dilma Rousseff, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Para a presidente afastada, a forma como o governo de Michel Temer funcionar é se ajoelhando a Eduardo Cunha.

“Fazer acordo com Eduardo Cunha é se submeter à pauta dele. Não se trata de uma negociação tradicional de composição. E sim de negociação em que ele dá as cartas”, disse a presidente afastada. “Jamais eu deixaria que ele indicasse o meu ministro da Justiça.” Alexandre de Moraes, atual ministro da Justiça, foi advogado de Eduardo Cunha.

Na entrevista, Dilma ainda disse que as motivações de seu afastamento estão cada vez mais claras, em sua opinião. Ela diz isso se referindo aos áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em conversas com os senadores Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney.

“Eles mostram que a causa real para o meu impeachment era a tentativa de obstrução da Operação Lava Jato por parte de quem achava que, sem mudar o governo, a ‘sangria’ continuaria. A ‘sangria’ é uma citação literal do senador Romero Jucá”, afirmou a presidente afastada.

Dilma ainda afirma que seu impeachment foi uma tentativa de barrar a Operação Lava Jato. Além de uma forma de “colocarem em andamento uma política ultraliberal em economia e conservadora em todo o resto”. A presidente afastada ainda sustenta o uso do termo “golpe”, pois “não há crime de responsabilidade”.

Sobre uma possível delação de Marcelo Odebrecht, Dilma diz não ter preocupações. Ela afirma que jamais pediu dinheiro para sua campanha ao empreiteiro. “Eu não recebi nunca o Marcelo no Alvorada.”

Traição

Para Dilma, a maior traição é óbvia e foi cometida pelo seu ex-presidente Michel Temer. “E não foi no dia do impeachment. Foi antes. Em março. Quando as coisas ficaram claríssimas.”

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Dilma afirma que não chorou no dia que saiu do Planalto. Por outro lado, Lula chorou. “O Lula ficou muito triste ali, quando eu saí.”

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