Brasil

Governo Temer não garante congelar preço de diesel; acordo em SP é adiado

Caminhoneiros reinvindicam congelamento de preços por 60 dias; em São Paulo, segundo governador, 90% dos grevistas no estado já se desmobilizaram

Greve dos caminhoneiros na Rodovia Régis-Bittencourt em São Paulo (Leonardo Benassatto/Reuters)

Greve dos caminhoneiros na Rodovia Régis-Bittencourt em São Paulo (Leonardo Benassatto/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de maio de 2018 às 19h40.

O governador de São Paulo, Márcio França (PSB), deixou na tarde deste domingo, 27, reunião com representantes de caminhoneiros sem um acordo. "Não conseguimos encontrar um jeito para que o prazo para o desconto no diesel aumentasse para 60 dias. Como era uma das reivindicações, eles preferiram não desmobilizar a categoria", disse o governador, em entrevista a jornalistas, após o encontro.

França começou a entrevista afirmando que, segundo o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, duas demandas dos caminhoneiros já haviam sido atendidas: o desconto de 41 centavos no preço final do diesel e a proposta de medida provisória para retirada, em todo o Brasil, do pedágio no eixo levantado. Depois, ainda citando Marun, disse que o governo conseguiu, nas negociações de hoje, elevar o desconto no diesel para 46 centavos.

O governador disse que 90% dos caminhoneiros que estavam em greve no Estado já se desmobilizaram. Como a greve deve continuar, em razão da falta de acordo em relação ao prazo do desconto, os 10% restantes devem continuar protestando. Antes, eram 13 mil homens em protesto. Agora, são 1,3 mil.

A reunião de França com caminhoneiros, a segunda em dois dias, ocorreu no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. Foi acertado hoje que as medidas tomadas ontem, antes previstas para começar a vigorar na terça-feira, agora ficam para quinta-feira, como o desconto no preço do pedágio no Estado. O adiamento se deve à possibilidade de o governo federal aprovar medida semelhante para todo o País.

O governador chegou a dar uma declaração de apoio aos caminhoneiros, ao dizer que, na ponta do lápis, os profissionais não conseguem, hoje, ter o mínimo de lucro. "Nenhuma manifestação dura tanto tempo se não houver um fundamento muito forte", afirmou. França disse que tentará falar com o presidente Michel Temer ainda hoje para pedir uma solução para a greve.

Segundo França, o abastecimento de serviços essenciais no Estado não preocupa. Ele disse que há 210 escoltas sendo feitas em São Paulo para levar os produtos necessários aos serviços essenciais. "Tudo o que é nosso serviços essenciais do Estado de São Paulo está abastecido com folga para bastante tempo", disse.

Acompanhe tudo sobre:GrevesCaminhoneiros

Mais de Brasil

STF convoca audiência para discutir transparência nas emendas PIX e papel do TCU

Hugo Motta diz que Lula está 'caminhando' para quarta vitória nas urnas

Receita retém carga de dois navios avaliada em R$ 290 milhões em nova fase da Cadeia de Carbono

10 carretas e R$ 6 mi em mercadorias: o saldo da maior operação do ano contra cigarros clandestinos