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Governo Temer comemora aprovação de medidas no Congresso

O governo Temer comemorou as primeiras vitórias no Congresso, com aprovação de MPs, mas alegria foi ofuscada por polêmica sobre jornada de trabalho


	Michel Temer: presidente se aproximou de Renan Calheiros durante viagem à China e comemorou avanços no Congresso
 (Reuters/Adriano Machado)

Michel Temer: presidente se aproximou de Renan Calheiros durante viagem à China e comemorou avanços no Congresso (Reuters/Adriano Machado)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 07h58.

Brasília - A assessoria do Palácio do Planalto usou sua conta no Twitter para comemorar a aprovação no Senado da Medida Provisória que reduziu, de 32 para 24, o número de ministérios.

"Aprovação representa vitória do governo nas votações do ajuste fiscal", diz a mensagem, depois de lembrar que esta foi a primeira MP editada pelo presidente Michel Temer.

A votação desta quinta-feira, dia tradicionalmente vazio no Congresso, foi comemorada pelo governo, que torcia também pela aprovação do PPI - Programa de Parcerias e Investimentos, confirmada pouco depois.

A torcida passou, então, para que caísse a votação do aumento dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal, por causa do efeito cascata que ele provoca, aumentando, em muito, os gastos do governo.

O adiamento por Renan, à noite, foi considerado mais um dado positivo para o Planalto.

Temer passou a tarde acompanhando pela televisão a sessão e, agora à noite, estava em seu gabinete com o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira.

Mais cedo, almoçou com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que lhe assegurou que o quórum seria alto permitiria a votação e aprovação dos textos.

O presidente telefonou para o presidente do Senado, Renan Calheiros, de quem se aproximou mais um pouco, durante a viagem à China.

Apesar deste noticiário positivo, que se soma à decisão do ministro do STF, Dias Toffoli, de suspender a liminar que ele mesmo havia dado garantindo Ricardo Melo na EBC, o governo teve de lidar com outro problema no final do dia, com as declarações do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que disse que o governo pretende limitar a jornada de trabalho a 48 horas semanais (44h regulares e 4h extras), com um teto de 12 horas diárias.

O governo ficou "muito irritado" com as declarações dadas e mandou que ele desmentisse e explicasse a proposta efetiva. (Tânia Monteiro)

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