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Governo tem margem estreita em plenário para aprovar Previdência

A previsão inicial era votar a proposta na primeira quinzena de maio. Com isso, pode ser necessário estender o prazo

Câmara: a conta feita pelo Planalto é que, das ausências durante a votação da reforma trabalhista, cerca de 20 deputados votariam com o governo, o que daria apenas 316 parlamentares (Ueslei Marcelino/Reuters)

Câmara: a conta feita pelo Planalto é que, das ausências durante a votação da reforma trabalhista, cerca de 20 deputados votariam com o governo, o que daria apenas 316 parlamentares (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de maio de 2017 às 21h18.

Brasília - O governo já conta com pelo menos 23 votos na comissão especial da reforma da Previdência, mas pode estender o prazo para levar a proposta de emenda à Constituição ao plenário, já que ainda não tem uma margem de segurança para garantir a aprovação, disseram à Reuters fontes palacianas.

"O placar na comissão está razoável. No plenário vai assim que estiver pronto. Não é só levar com votos suficientes para aprovar, precisa ter uma margem de segurança. Até agora a margem está muito estreita", disse uma das fontes.

A conta feita pelo Planalto é que, das ausências durante a votação da reforma trabalhista, cerca de 20 deputados votariam com o governo, o que daria apenas 316 parlamentares, quando o mínimo para aprovação da PEC são 308 votos.

"Estamos ainda em um processo de convencimento. Pode entrar na pauta semana que vem, desde que haja condições", disse a fonte.

A previsão inicial de votar na primeira quinzena de maio era defendida pelo governo até duas semanas atrás. Agora, se fala em aprovar na Câmara até o final de maio.

A votação da reforma trabalhista confirmou para o Planalto que a base "ainda não está pronta".

Nesta terça, o governo começou a demitir indicados de parlamentares da base que foram votaram contra o governo. Cerca de 30 nomes foram afastados, a maioria de cargos médios.

Outros estão sendo mantidos enquanto o Planalto tenta reverter votos, e podem ficar como uma espécie de garantia até a votação da Previdência.

Deputados "retaliados" disseram à Reuters que a estratégia do Planalto é errada e pode prejudicar a votação da Previdência.

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