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Governo sem marca? Lula afirma que ainda está "colocando o tijolo no lugar"

Em evento em Fortaleza, o presidente afirmou que ainda não fez muita coisa, mas que deve começar a "engatar" a partir dos próximos meses

Governo Lula: nesta manhã, ele sancionou o projeto de lei que abre crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o Ministério da Saúde (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Governo Lula: nesta manhã, ele sancionou o projeto de lei que abre crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o Ministério da Saúde (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 12 de maio de 2023 às 16h05.

Última atualização em 12 de maio de 2023 às 16h36.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que o governo ainda não tem uma marca, em mais de 100 dias de gestão. A justificativa, segundo Lula, é que o governo ainda está "colocando o tijolo no lugar", na esteira do discurso de reconstruir o país.

"Ainda não fizemos muita coisa, estamos apenas colocando o tijolo no lugar para começar a fazer a partir de agora", disse, em evento de lançamento de programa de escolas de tempo integral em Fortaleza, capital do Ceará, nesta sexta-feira, 12. O evento também contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Crédito especial para o Ministério da Saúde

Nesta manhã, Lula sancionou o projeto de lei que abre crédito especial de R$ 7,3 bilhões para o Ministério da Saúde para assistência financeira complementar aos estados, Distrito Federal e municípios para o pagamento do piso salarial da enfermagem.

Os recursos serão distribuídos aos entes federativos através do Fundo Nacional de Saúde. O novo piso salarial da categoria de enfermagem passa a ser de R$ 4,75 mil. Os técnicos de enfermagem receberão pelo menos 70% desse valor (R$ 3.325) e os auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375).

De acordo com Lula, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, deve regulamentar a distribuição da verba na segunda-feira, 15, ou terça-feira, dia 16.

Investimento para escolas de tempo integral

O investimento previsto para as escolas de tempo integral é de R$ 4 bilhões a estados e municípios para expandir matrículas nas redes e tem expectativa de ampliar em 1 milhão de matrículas a oferta de tempo integral nas escolas de educação básica do país. A ação é destinada a todos os entes federados, que poderão aderir e pactuar metas junto ao MEC, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec).

De acordo com nota divulgada pelo Palácio do Planalto, na primeira etapa, o MEC vai estabelecer, junto a estados e municípios, as metas de matrículas em tempo integral, que oferecem jornada escolar igual ou superior a 7 horas diárias ou 35 horas semanais. Os recursos serão transferidos levando em conta as matrículas pactuadas, o valor do fomento e critérios de equidade. O compromisso do governo é alcançar mais de 1 milhão de estudantes.

Já nas etapas seguintes, o programa irá implementar estratégias de assistência técnica junto às redes de ensino para a adoção do tempo integral com o objetivo de reduzir desigualdades. Estão previstas ações para formação de educadores, orientações curriculares, entre outras.

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