Brasil

Governo reconhece necessidade de esforço por atrasos da Copa

A menos de 50 dias da Copa, o Brasil ainda tem muito trabalho pela frente para finalizar as obras e a colocação das instalações temporárias em estádios

Homens trabalhando na reforma do entorno do Maracanã, um dos estádios que deverá receber jogos da Copa do Mundo de 2014, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

Homens trabalhando na reforma do entorno do Maracanã, um dos estádios que deverá receber jogos da Copa do Mundo de 2014, no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2014 às 16h09.

Rio de Janeiro - Com obras atrasadas e prazos expirados, o representante do governo brasileiro na organização da Copa do Mundo, Luis Fernandes, reconheceu nesta sexta-feira a necessidade de um esforço maior no trabalho até a abertura do Mundial para evitar problemas durante o evento.

A menos de 50 dias da Copa, o Brasil ainda tem muito trabalho pela frente para finalizar as obras e a colocação das instalações temporárias em estádios, projetos de infraestrutura e outros compromissos firmados quando o país foi confirmado como sede do Mundial, em 2007.

Em Porto Alegre, há a expectativa de que finalmente no fim de semana seja anunciada a empresa responsável pelas instalações temporárias do Beira-Rio, mas ainda existem problemas na infraestrutura do entorno do estádio e mesmo obras internas ainda não foram totalmente concluídas.

A cena se repete em São Paulo e Cuiabá, duas cidades visitadas pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, esta semana. Tanto na Arena Corinthians quanto na Arena Pantanal as obras ainda não foram finalizadas e a Fifa não sabe nem mesmo quantas cadeiras os estádios terão no total.

Os compromissos assumidos, e já com prazos estourados, exigem do governo um esforço coletivo para que novos problemas não venham a acontecer, segundo o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes.

"Temos que garantir que todos os compromissos firmados e identificados como necessários para a boa realização da Copa do Mundo sejam entregues a tempo", disse Fernandes a jornalistas após reunião da diretoria do Comitê Organizador Local (COL).

"O fato de determinadas dimensões desses compromissos terem se atrasado nos leva a um esforço maior nessa reta final. Etapas que deveriam ser cumpridas em sucessão estão sendo feitas em paralelo. Isso aumenta o custo organizativo. Você sempre tem o risco de atividade em paralelo uma influir na outra", acrescentou.

Diante dos problemas e atrasos, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, reconheceu que a organização da Copa do Mundo no Brasil tem sido uma tarefa difícil.

"Foi uma organização difícil, mas poucos têm noção da magnitude que é organizar uma Copa do Mundo... vai ser difícil também na Rússia e no Catar por outras razões diferentes de África do Sul e Brasil", disse Valcke.

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