Ideli Salvatti: ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos diz que "crime de ódio em Goiás é reincidente e as investigações não andam" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2014 às 08h41.
Brasília - O governo federal deve pedir à Procuradoria-Geral da República a federalização das investigações sobre o assassinato do garçom João Antônio Donati, homossexual assumido, em Inhumas, região metropolitana de Goiânia. "Crime de ódio em Goiás é reincidente e as investigações não andam. Sabe quando a estrutura está corrompida? Aí não tem jeito, entra na lógica da autoproteção", afirmou a ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti.
Ideli lembrou que a secretaria já pediu a federalização das apurações dos crimes de moradores em situação de rua e também do assassinato de um jornalista esportivo, em Goiânia, devendo repetir a prática agora. As investigações sobre a morte do garçom de 18 anos indicam que ele foi vítima de homofobia. O corpo foi encontrado na quarta-feira, em um terreno baldio. Donati tinha várias sacolas plásticas e papéis na boca. Nada foi roubado da vítima.
Criminalização
Ideli citou esse assassinato e o incêndio criminoso no palco do Centro de Tradições Gaúchas em Santana do Livramento, que receberia o casamento de lésbicas (mais informações ao lado), como casos emblemáticos que podem destravar o debate sobre a criminalização da homofobia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.