Servidores: governo propõe reajuste somente em 2025 (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 22 de dezembro de 2023 às 16h41.
Última atualização em 22 de dezembro de 2023 às 16h43.
O governo federal formalizou nesta sexta-feira, 22, uma proposta de reajuste salarial para os servidores federais. Em documento encaminhado às entidades sindicais que compõem a Mesa Nacional de Negociação Permanente, a pasta anuncia proposta de reajuste de 9%, em duas parcelas, sendo a primeira em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026.
Em nota, o secretário de Relações de Trabalho, José Feijóo, afirmou que a proposta atendeu as demandas apresentadas pela categoria neste ano.
"No acumulado, quando considerados os 9% já concedidos em 2023, teremos um total acumulado de reajuste de 19,03%, o que para uma inflação projetada de 16% ao longo desses anos significará inclusive um ganho real”, detalhou o secretário.
Além do reajuste salarial, a proposta prevê um reajuste de 52% no auxílio-alimentação a partir de maio de 2024, passando de R$ 658 para R$ 1.000. Também foi sugerido aumento na assistência à saúde complementar per capita média (auxílio-saúde), que hoje é de R$ 144,38, para em torno de R$ 215 (aproximadamente 49%). E, ainda, acréscimo na assistência pré-escolar (auxílio-creche), que passando de R$ 321 para R$ 484,90 (cerca de 51% a mais).
Na reunião da Mesa de Negociação Permanente, realizada na última segunda-feira, 18, o secretário já havia sinalizado que a preocupação central do governo é promover maior isonomia remuneratória entre os servidores. “É uma proposta que busca maior equilíbrio entre os menores e as maiores remunerações. Estamos em busca de maior proporcionalidade, ao atuarmos contra as disparidades existentes”, esclareceu Feijoó.
Com os novos valores propostos nos benefícios, a partir de maio de 2024, servidores com as menores remunerações do serviço público federal que recebem, simultaneamente, os três benefícios (alimentação, saúde e creche) passam a ter um aumento na remuneração total que chega a 23%. Já, por exemplo, para os que recebem R$15 mil e também os três benefícios, o acréscimo total na remuneração alcança 5,1%, segundo o ministério da Gestão e da Inovação.