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Governo discute politicas públicas para mulheres rurais

Em um seminário, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, quer permitir que as mulheres possam contribuir com a construção de políticas públicas para o campo


	Mulheres trabalham em plantação de arroz: a representante do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu mencionou a importância de a assistência técnica ser reformulada para atender às demandas femininas
 (Sajjad Hussain/AFP)

Mulheres trabalham em plantação de arroz: a representante do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu mencionou a importância de a assistência técnica ser reformulada para atender às demandas femininas (Sajjad Hussain/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2016 às 15h16.

Brasília - O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) promove hoje (10) e amanhã, em Brasília, o Seminário de Políticas Públicas para as Mulheres Rurais.

A meta é permitir que elas possam contribuir com a construção de políticas públicas para o campo.

Rosenilde dos Santos Costa, conhecida como Rosa, é representante do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu e participou hoje do seminário.

Ela mencionou a importância de a assistência técnica ser reformulada para atender às demandas femininas.

“A gente precisa ser ouvida e precisa dizer o que quer. Quando for feita, ela [assistência técnica] tem que ser do nosso jeito, para as nossas mulheres e para o nosso povo, atendendo nossas diferenças e o nosso modo de vida”, afirmou.

Paulo Guilherme Cabral, presidente da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), que também participou do evento na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), ressaltou a importância do desenvolvimento rural sustentável e da promoção do acesso às políticas públicas para as trabalhadoras rurais.

“Não tem como pensar em implementar políticas de desenvolvimento rural sustentável se as mulheres não estiverem efetivamente contempladas. Muito provavelmente a agricultura hoje é tão insustentável por falta do espaço de participação das mulheres. Se as mulheres tivessem, de fato, espaço elas não aceitariam que a agricultura fosse tão danosa ao meio ambiente”, afirmou.

Maria Fernanda Coelho, secretária-executiva do MDA, ressaltou a importância de haver paridade de gênero no Comitê Permanente de Mulheres Rurais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf).

“Tem a paridade, só que 80% dos homens são titulares e 20% das mulheres [são titulares]. E se dá o inverso na suplência”. Ele disse que o MDA quer que 50% das mulheres sejam titulares e 50% suplentes para que haja.

As representantes dos movimentos sociais, presentes ao seminário, fazem parte de três comitês direcionados às ações voltadas para as mulheres rurais: o Comitê Permanente de Mulheres Rurais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf); o Comitê Nacional do Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural; e o Comitê de Organização Produtiva Rural. Amanhã de manhã, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, participará do seminário.

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