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Governo prevê licitar trem-bala após eleições

Em agosto, o governo adiou o leilão do controverso trem-bala para evitar que o processo tivesse apenas um concorrente


	O ministro dos Transportes, César Borges: "já temos no setor rodoviário a presença de empresas espanholas e gostaríamos de ter outras empresas atuando em todos os setores da concessões, rodoviárias ou ferroviárias"
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O ministro dos Transportes, César Borges: "já temos no setor rodoviário a presença de empresas espanholas e gostaríamos de ter outras empresas atuando em todos os setores da concessões, rodoviárias ou ferroviárias" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 12h51.

São Paulo - O governo espera licitar o trem de alta velocidade (TAV) ligando Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro após as eleições presidenciais de 2014, disse o ministro dos Transportes, Cesar Borges, em teleconferência com a imprensa nesta quinta-feira.

"Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro têm demanda de muitos passageiros e só um sistema de alta velocidade poderá garantir que no futuro possamos atender esses passageiros. Por isso, espero que tenhamos o trem de alta velocidade no mais tardar em 2014, depois do processo eleitoral, ou em 2015", disse ele.

Em agosto, o governo adiou o leilão do controverso trem-bala para evitar que o processo tivesse apenas um concorrente, e em meio a denúncias de irregularidades em licitações do metrô em São Paulo e o Distrito Federal envolvendo prováveis empresas interessadas no trem-bala.

"Temos que fazer um modelo que atraia o maior número de participantes. O modelo que concedemos neste ano atraiu uma única empresa. Como só teríamos um participante, a Alstom, e essa empresa estava com questionamento em São Paulo, o governo federal achou melhor continuar afinando esse modelo", disse.

Questionado sobre os leilões de ferrovias, que considera ser a prioridade para 2014, Borges voltou a afirmar que espera realizar a primeira licitação em fevereiro.

"Iremos licitar (o trecho entre Açailândia-MA e Barcarena-PA) provavelmente me meados de fevereiro. Temos tido por parte do Tribunal de Contas da União (TCU) alguns questionamentos para o modelo (de concessão). Temos dados as explicações necessárias e achamos que modelo é o mais correto, que vai atender a maneira livre de utilizar essas novas ferrovias." Borges disse que gostaria de atrair mais empresas estrangeiras para concessões de rodovias e ferrovias no Brasil.


"Já temos no setor rodoviário a presença de empresas espanholas e gostaríamos de ter outras empresas atuando em todos os setores da concessões, rodoviárias ou ferroviárias".

Neste ano, o governo realizou três leilões de concessões de rodovias, e deve fazer mais dois, nos dias 17 e 27 de dezembro. Nas licitações já feitas, o deságio obtido ficou em 42 por cento, no caso da BR-050 (GO-MG), e em 52 por cento tanto para a BR-163 (MT) quanto para a BR-060/153/262 (GO-DF-MG).

"Não sei se daqui por diante vamos conseguir manter essas taxas de deságio bastante elevadas. Se conseguirmos, vai ser muito bom. Mas sempre vamos procurar a atratividade de mercado e a modicidade tarifária", disse o ministro.

Questionado sobre a situação das rodovias para a Copa do Mundo, Borges afirmou que a mobilidade dos passageiros pelas estradas "está assegurada".

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