Brasil

Governo prepara projeto que incentiva alimentos menos calóricos

As metas de redução da concentração de sódio, açúcar e calorias ainda serão discutidas com representantes das indústrias de alimentos

Regulamentação discutida vale para publicidade de alimentos com alto teor de açúcar, gorduras e sódio e de bebidas com baixo teor nutricional (Divulgação)

Regulamentação discutida vale para publicidade de alimentos com alto teor de açúcar, gorduras e sódio e de bebidas com baixo teor nutricional (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2011 às 22h51.

Rio - O Ministério da Saúde pretende lançar, em abril, um projeto para incentivar a redução de taxas de sódio, açúcar e calorias dos alimentos produzidos no Brasil. Segundo planejamento do ministro Alexandre Padilha, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deverá conceder com maior rapidez os registros de comercialização de produtos considerados mais saudáveis. As metas de redução da concentração de sódio, açúcar e calorias ainda serão discutidas com representantes das indústrias de alimentos, bebidas e varejo, além de institutos de defesa do consumidor. A intenção é lançar o modelo no dia 7 de abril, quando é celebrado o Dia Mundial da Saúde.

"Estamos trabalhando para estabelecer um fluxo prioritário para o registro de produtos com menores níveis de sódio, calorias e açúcar, para que a indústria tenha um estímulo para fabricar produtos que tenham esses índices", afirmou Padilha. "Vamos envolver a indústria para pactuar, estabelecer metas muito claras de redução dentro dos produtos alimentícios." A longo prazo, o objetivo da campanha é prevenir o desenvolvimento de fatores de risco relacionados à alimentação, como a hipertensão, o colesterol alto e a obesidade - que contribuem para o surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer.

O programa será criado sob a forma de incentivo - e não de exigência - para evitar conflitos com a indústria alimentícia. No ano passado, uma resolução da Anvisa que estabelecia normas para a propaganda de alimentos com altas taxas de açúcar e gordura provocou polêmica e foi suspensa pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Padilha afirmou que todas as medidas serão negociadas com empresários e anunciou que discute também a participação dos fabricantes em campanhas publicitárias de promoção de hábitos saudáveis. O Ministério também deve determinar que agentes de saúde orientem a população a praticar exercícios físicos e manter uma alimentação balanceada.

Uma pesquisa divulgada no ano passado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelou que a combinação de uma alimentação saudável com a prática regular de exercícios físicos seria capaz de prevenir 19% dos casos de câncer registrados no País. O estudo aponta que, ao prevenir a obesidade, é possível reduzir em até 30% a incidência de 12 tipos específicos de câncer, como os de esôfago, pulmão, mama, fígado e próstata.

Acompanhe tudo sobre:AlimentosGovernoSaúdeTrigo

Mais de Brasil

Brasileira desaparecida em vulcão foi deixada para trás por guia, diz imprensa da Indonésia

Rio Grande do Sul tem 126 municípios afetados pelas chuvas, mas número de pessoas desalojadas cai

Maioria da população apoia a reeleição de presidentes, governadores e prefeitos, diz pesquisa

Frota nova e mais velocidade: o plano das empresas de ônibus para recuperar passageiros no Brasil