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Governo prepara campo para avançar com a reforma 15 dias após o carnaval

Onyx vem recebendo deputados na Casa Civil para acertar articulação. Sua expectativa é conseguir aprovar na Câmara até o recesso

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 15h45.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2019 às 15h49.

São Paulo - O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse, em entrevista ao jornal Valor Econômico, ter certeza que, 15 dias após o carnaval estará com a relação harmoniosa, ajustada, sem nenhum problema para avançar na tramitação da reforma previdenciária. Segundo ele, a aprovação de uma modificação constitucional precisa de três coisas: paciência, tempo e diálogo.

O ministro disse que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), fará uma subcomissão de acompanhamento, e que "aquilo" que for aprovado na Câmara será acompanhado pelos senadores.

O governo vem conversando com lideranças e recebendo deputados na Casa Civil, pela reforma da Previdência. "Já na próxima semana, as três lideranças estarão definidas, vão estar operacionais, trabalhando, recebendo, fazendo a interlocução", afirmou Onyx. Conforme ele, a equipe do governo terá um conjunto formado por ex-deputados e ex-senadores para fazer esse diálogo com bancadas.

Para o ministro, a chegada do projeto anticrime no Congresso ao mesmo tempo que a reforma da Previdência não deve atrapalhar a evolução dessa última. "Cada um tem seu ritmo. Cada um é de uma área. Estamos falando de mundos diferentes", disse. De acordo com Onyx, a pauta anticrime - são três projetos - passará por várias comissões. "O ministro da Sergio Moro Justiça tem consciência que vai ter resultado disso no fim do ano, início do ano que vem."

Ainda sobre o projeto anticrime, afirmou que no mês que vem o governo implantará unidades de integridade e combate à corrupção.

Segundo Onyx, a ideia é fazer uma experiência piloto nos ministérios da Saúde e da Agricultura. "Vamos ser a partir de março, o primeiro país, abaixo do México até a Patagônia, que vai ter núcleos de integridade e de combate à corrupção dentro de pastas ministeriais", afirmou.

Ele acrescentou tratar-se de um trabalho de longo prazo, que ajudará o governo cumprir o que prometera. "A partir daí, com o banco de talentos a articulação com Câmara e Senado só tende a crescer", completou.

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