Brasil

Governo paulista vai bancar 20 mil lugares no Itaquerão

Isso custará cerca de R$ 70 milhões aos cofres públicos, valor que não está dentro do orçamento de R$ 820 milhões estipulado pela construtora Odebrecht

Desde o princípio, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, disse que não pagaria a diferença para ter um estádio de abertura de Copa

Desde o princípio, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, disse que não pagaria a diferença para ter um estádio de abertura de Copa

DR

Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 13h53.

São Paulo - Para ter uma arena em São Paulo com capacidade para receber a abertura da Copa de 2014, o governador Geraldo Alckmin decidiu bancar a diferença de 20 mil lugares necessária para que o novo estádio do Corinthians possa ser a sede do jogo inaugural do Mundial. Isso custará cerca de R$ 70 milhões aos cofres públicos, valor que não está dentro do orçamento de R$ 820 milhões estipulado pela construtora Odebrecht para a construção do Itaquerão.

Carlos Armando Paschoal, diretor superintendente da Odebrecht, confirmou a informação. "Isso não está nos R$ 820 milhões. Não está no nosso contrato. Vai ser uma obra a ser contratada pelo governo do Estado de São Paulo", garantiu o executivo, em entrevista à rádio CBN. Ele explicou que o valor da obra está previsto para uma arena de 48 mil lugares, incluindo toda a estrutura de camarotes e dentro do padrão Fifa para uma abertura de Copa.

Desde o princípio, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, disse que não pagaria a diferença para ter um estádio de abertura de Copa. O principal entrave era a capacidade, já que a Fifa exige pelo menos 65 mil lugares. No clube, todos entendiam que o custo de se manter uma arena maior do que 48 mil lugares era inviável. Assim, a solução encontrada para ter o jogo inaugural do Mundial foi convencer o governo estadual a bancar a estrutura provisória.

"O que o Estado vai fazer é dar apoio logístico ao evento de abertura da Copa e não ao estádio do Corinthians. Após a realização dos jogos, essa estrutura será retirada. Nenhum parafuso dessa estrutura provisória ficará com o Corinthians", explicou Emanuel Fernandes, secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento e coordenador do Comitê Paulista da Copa de 2014, ao confirmar o gasto com os 20 mil lugares extras do Itaquerão.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoCorinthiansEsportesFutebolInfraestruturaItaquerão

Mais de Brasil

Às vésperas do Brics, Brasil realiza primeira exportação de carne bovina para o Vietnã

Moraes teve 'sabedoria' ao levar aumento do IOF para conciliação, diz Alckmin

Brasil assina carta de intenções com gigante chinesa de energia que envolve minerais nucleares

Fórum Empresarial do Brics: Lula defende comércio multilateral dos países emergentes