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Governo de SP descarta preocupação com segurança para Copa

"São Paulo está preparado e tem experiência em grandes eventos, mas estamos reforçando tudo isso em trabalho conjunto com o Governo federal", disse Ferando Grella Vieira


	São Paulo: cidade registrou em 2012 um total de 1.497 homicídios, número que aumentou nos últimos meses do ano por uma onda de ataques nas quais morreram mais de 100 policiais
 (Daniela Picoral/Exame)

São Paulo: cidade registrou em 2012 um total de 1.497 homicídios, número que aumentou nos últimos meses do ano por uma onda de ataques nas quais morreram mais de 100 policiais (Daniela Picoral/Exame)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 19h38.

São Paulo - Autoridades do governo paulista garantem que não há preocupações quanto a segurança pública no estado, com relação aos preparativos para a Copa do Mundo de 2014.

"São Paulo está preparado e tem experiência em grandes eventos, mas estamos reforçando tudo isso em trabalho conjunto com o Governo federal", disse em entrevista coletiva o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.

O titular da pasta citou a realização do Ano Novo na Avenida Paulista, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, a Parada Gay, a Virada Cultural e os grandes eventos religiosas, que sempre reúnem milhares de pessoas na cidade e se realizam sem incidentes.

"Eventos como o Ano Novo ou a Parada Gay levam às ruas uns dois milhões de pessoas cada e por isso São Paulo está preparado em todos os aspectos para um evento como a Copa do Mundo", afirmou Grella Vieira.

Para o representante governamental, a constante participação das equipes de futebol da cidade em torneios internacionais como a Taça Libertadores e a Copa Sul-Americana também deram "mais experiência" aos órgãos de segurança para resolver assuntos referentes à mobilização internacional de torcedores.

O secretário declarou que para a realização da Copa, que será realizada de 12 de junho a 13 de julho de 2014, São Paulo terá um "comando de controle central", integrado pelas policias Federal, Civil, Militar e Rodoviária, amparadas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.

Grella Vieira afirmou que a segurança "é um problema de todas as esferas e todos são responsáveis, inclusive os cidadãos".

A cidade de São Paulo registrou em 2012 um total de 1.497 homicídios, número que aumentou nos últimos meses do ano por uma onda de ataques nas quais morreram mais de 100 policiais, a maioria fora de serviço.


Essa situação obrigou às autoridades a tomar medidas como a instalação de um centro de inteligência, com participação de representantes de todas as forças da ordem, e à mudança de alguns líderes do crime organizado que estão presos em prisões federais.

"Podemos melhorar ainda mais com essa estrutura de articulação e com a maior preparação de nossos agentes em seus treinamentos", disse.

Sobre os membros da polícia que foram acusados de fazer parte das quadrilhas responsáveis por massacres em vários bairros, Grella Vieira admitiu que existem nas forças de segurança "alguns desvios, mas o Governo não é tolerante de modo algum a isso".

"Não há incompatibilidade entre a política de segurança pública e os direitos humanos, por isso estamos investigando e aplicaremos todas as medidas necessárias", encerrou.

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