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Governo negocia compra de 150 milhões de doses da Pfizer para 2022

As vacinas da Pfizer e da AstraZeneca já possuem registro definitivo pela Anvisa e serão as principais a serem usadas no país em 2022, uma vez que a CoronaVac não deve fazer parte do calendário em 2022

 (Eduardo Frazão/Exame)

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Reuters

Publicado em 7 de outubro de 2021 às 21h41.

O Ministério da Saúde tem negociações em andamento para firmar um novo contrato de compra de até 150 milhões de doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para aplicação no próximo ano, informou a pasta em documento encaminhado à CPI da Covid do Senado nesta quinta-feira.

A comissão de inquérito, que deve encerrar os trabalhos em duas semanas, aprovou requerimento para obter detalhes sobre a campanha nacional de imunização contra o coronavírus para o próximo ano.

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Na resposta encaminhada à CPI, o ministério informou que negocia inicialmente mais 100 milhões de doses do imunizante da Pfizer para 2022, que devem ser acrescidas a uma previsão de cerca de 134 milhões de doses remanescentes deste ano de todos os imunizantes já adquiridos pelo país. Além disso, há uma possibilidade de aquisição de mais 50 milhões de doses da Pfizer, segundo a pasta.

As vacinas da Pfizer e da AstraZeneca já possuem registro definitivo de uso no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e serão as principais a serem usadas no país em 2022, uma vez que a CoronaVac não deve fazer parte do calendário em 2022.

Questionado sobre o imunizante da chinesa Sinovac pela CPI, o ministério disse que a razão da "possível descontinuidade" está diretamente relacionada à avaliação pela Anvisa.

A pasta citou que, até o momento, a vacina só tem a autorização temporária de "uso emergencial, concedida para minimizar, da forma mais rápida possível, os impactos da doença no território nacional".

A pasta também destacou que há estudos que indicam a baixa eficácia do imunizante em determinada faixa etária da população como uma das razões para o não uso.

"Além do fato de estudos demonstrarem a baixa efetividade do imunizante em população acima de 80 anos... assim, no atual momento, só teria indicação como esquema vacinal primário em indivíduos acima de 18 anos. Há estudos em andamento que sinalizam que mesmo usando em esquema vacinal primário há que se considerar uma terceira dose", afirmou.

Procurada, a pasta não respondeu de imediato a pedido de comentário sobre as informações prestadas à CPI.

PLANO DE IMUNIZAÇÃO

No documento enviado à CPI, que é assinado por Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do ministério, são traçados três cenários com diferentes quantitativos de doses necessárias para o próximo ano.

No primeiro deles, a pasta sugere a manutenção do esquema de vacina atual, que abrange a aplicação de duas doses de vacina em toda a população acima de 12 anos, além de uma terceira dose de reforço para quem tem mais de 60 anos. Nessa hipótese seriam necessárias quase 392 milhões de doses.

No segundo cenário, em que seria aplicada apenas uma dose de reforço para a população acima de 12 anos, a previsão seria de 179,6 milhões de doses.

O terceiro cenário, por sua vez, estabelece a aplicação da dose de reforço para a população de até 59 anos, assim como uma dose de reforço em cada semestre --duas em um único ano, portanto-- para a população acima de 60 anos. Para esse recorte, seriam necessárias 212 milhões de doses.

O Brasil, que demorou em avançar na imunização dos seus cidadãos, acelerou nos últimos meses o ritmo de vacinação, o que derrubou o número de internações e mortes por Covid.

Segundo dados da pasta, o país tem 60% da população maior de 18 anos com o ciclo vacinal completo contra a Covid-19, o que representa que 95,3 milhões de brasileiros já tomaram a segunda dose ou a vacina de dose única.

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