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Governo não vai prorrogar o horário de verão, diz ministro

O horário de verão termina, portanto, no dia 22 de fevereiro


	Eduardo Braga: ministro explicou que os cálculos mostraram que a medida não valeria a pena
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eduardo Braga: ministro explicou que os cálculos mostraram que a medida não valeria a pena (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 19h09.

Brasília - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, anunciou nesta quarta-feira, 11, que o governo desistiu de prorrogar o horário de verão por mais um mês.

Ele explicou que os cálculos mostraram que a medida não valeria a pena. O horário de verão termina, portanto, no dia 22 de fevereiro.

"As conclusões, após avaliação técnica, mostraram que a medida não valeria a pena, porque parte do país ficaria mais escura no período do manhã, o que aumentaria o consumo nesse horário. Além disso, a extensão do horário de verão demandaria ajustes na aviação civil", disse Braga, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto.

Foi o próprio ministro que levantou a ideia de ampliar a vigência do horário de verão, na semana passada.

De acordo com Braga, durante a reunião desta quarta foram apresentadas análises sobre as previsões hidrológicas e do nível dos reservatórios que, segundo ele, têm indicadores positivos, mas não conclusivos, para o mês de março.

Por isso, uma nova reunião foi marcada para o fim de fevereiro.

Geradores

Conforme dito nesta terça pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, a presidente Dilma deu hoje o aval para que sejam tomadas medidas de estímulo para a chamada "geração distribuída", que é aquela feita pelos próprios consumidores, por meio de geradores, seja nas residências ou nas empresas.

De acordo com o ministro Braga, o órgão regulador irá formular compensações para que esses consumidores aumentem o uso dos geradores das atuais três horas diárias para até seis horas por dia.

"Como este estímulo, podemos ter uma geração na ponta de carga de até 3 mil megawatts, o que significa um adicional no sistema de 300 megawatts médios por mês", explicou Braga.

De acordo com ele, a medida não terá custos adicionais nas contas de luz e nem dependerá de subsídios bancados pelo governo.

"O que haverá será uma substituição de parte da energia comprada pelas distribuidoras no mercado à vista por essa eletricidade gerada pelos próprios consumidores que, inclusive, é mais barata", argumentou o ministro.

Eficiência

Braga adiantou também que o Ministério do Planejamento publicará nesta quinta-feira uma portaria com regras para a economia de água e luz nos prédios públicos federais.

Segundo o ministro, esse será o primeiro passo de uma campanha mais ampla de eficiência energética que será lançada pelo governo dentro de duas semanas.

Conforme o ministro de Minas e Energia, o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel) e a Eletrobras divulgarão uma cartilha de eficiência energética que estará também disponível para qualquer cidadão que queira aderir voluntariamente ao esforço de economia de energia.

"A nossa meta é alcançar até 30% de economia de energia no setor público. Nesse primeiro momento, começaremos com os prédios públicos. Mas a intenção é levar o modelo também às distribuidoras, estimulando a atualização da iluminação pública com lâmpadas de LED e correções nas redes para a diminuição de perdas de eletricidade", completou.

Acidente

Braga disse que estava reunido com a presidente Dilma no momento em que ela recebeu a notícia do acidente em uma plataforma de exploração da Petrobras ocorrido à tarde, que deixou três mortos e várias pessoas feridas.

O ministro disse que o governo lamenta profundamente o acidente e ressaltou que a explosão ocorreu em um equipamento alugado.

"A presidente Dilma lamentou a perda de vidas e, em nome do governo, eu quero prestar as condolências aos familiares das vítimas. Também peço a Deus que os feridos tenham pronto restabelecimento", afirmou.

De acordo com Braga, o governo agora espera um relatório detalhado sobre o ocorrido.

Mas, de acordo com o ministro, tanto a empresa locatária do equipamento quanto a Petrobras estão prestando atendimento às vítimas e familiares.

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