Câmara: as candidaturas podem ser registradas até o meio-dia de amanhã (13), mesmo dia em que ocorre o primeiro turno de votações (Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2016 às 14h47.
Brasília - Após a escolha do deputado Marcelo Castro (PI) como candidato único do PMDB na eleição à presidência da Câmara dos Deputados, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, disse hoje (12) que a indicação do partido é “demonstração inequívoca de que o governo não está se envolvendo no processo” de eleição na Casa.
“O processo está em andamento. Minha expectativa continua sendo a de que possamos ter ao fim um número menor de candidatos. Se não, todos disputam e no segundo turno vamos ver quem é o presidente da Câmara”, afirmou Geddel, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso.
“Preferíamos e se pudéssemos influir era para que houvesse um entendimento global na base. Se não há, qualquer movimento nosso pode ser interpretado como preferência por A ou B e aí sim causar racha”, acrescentou o ministro.
Depois de mais de uma hora de reunião a portas fechadas, o PMDB escolheu o deputado e ex-ministro da Saúde do governo de Dilma Rousseff, Marcelo Castro, para ser o candidato único do partido na eleição à presidência da Câmara, após a renúncia de Eduardo Cunha.
As candidaturas podem ser registradas até o meio-dia de amanhã (13), mesmo dia em que ocorre o primeiro turno de votações. Como o número de candidatos é grande e cada um terá 10 minutos para se manifestar em plenário, assessores da Casa estimam que o primeiro turno se estenda até meia-noite.
Pelo acordo firmado ontem (11) por lideranças partidárias, haverá um intervalo de uma hora para início do segundo turno. Em um eventual segundo turno, a disputa será decidida obedecendo aos seguintes critérios: maior número de mandatos e parlamentar mais idoso.
Almoço
Geddel fez a declaração antes de participar do almoço do presidente interino Michel Temer com a Frente Parlamentar da Agropecuária.
No encontro, 220 deputados e 23 senadores entregaram uma carta a Temer com as principais reivindicações do setor, como a regularização fundiária, a possibilidade de aquisição de terras por estrangeiros e a burocracia para o licenciamento ambiental.