Vacina: os sintomas iniciais causados pelo vírus da febre amarela são calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza (Karoly Arvai/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 17h32.
Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 16h32.
Agentes de saúde estão imunizando, de casa em casa, as populações dos municípios mineiros com casos suspeitos de febre amarela.
Segundo a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, a vacinação é iniciada primeiramente no domicílio dos casos suspeitos, em seguida nos vizinhos, e assim vai se expandindo até atingir todo o município. Esse tipo de medida é usado em casos de surto da doença.
Essa ação será adotada em todos os municípios que registraram casos suspeitos: Ladainha, Malacacheta, Frei Gaspar, Caratinga, Piedade de Caratinga, Imbé de Minas, Entre Folhas, Ubaporanga, Ipanema e Inhapim. Cidades vizinhas também podem entrar na lista.
O público-alvo da vacina é toda a população acima de 6 meses de idade. Para além da ação domiciliar, a orientação é que todos que moram no estado procurem os postos de saúde para receber a vacina.
Normalmente, o imunizante contra a febre amarela é administrado em duas doses: uma aos 9 meses de idade e um reforço aos 4 anos, ou, para indivíduos de 2 a 59 anos, com intervalo de dez anos entre uma dose e outra.
Porém, o Ministério da Saúde e o estado de Minas estão adotando medidas de situações de surto, ou seja, toda a população do estado que nunca foi imunizada e que tenha mais de 6 meses de idade receberá duas doses da vacina, com intervalo de 30 dias entre elas.
O Ministério da Saúde enviou um reforço de 285 mil doses da vacina contra a febre amarela, para reforçar o estoque de 280 mil que o estado tinha. Quem for viajar para Minas também deve ser imunizado.
Nessa segunda-feira (9), o ministério recebeu, da Secretaria de Saúde mineira, a informação de que dez municípios do estado registraram 23 casos de febre amarela, sendo 16 prováveis e sete em investigação.
Dentre eles, 14 mortes. A pasta enviou duas equipes do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde para ajudar nas investigações e ações de controle da doença.
O Ministério da Saúde recomenda às pessoas que residem ou viajam para regiões silvestres, rurais ou de mata, consideradas áreas com recomendação da vacina contra febre amarela, que se vacinem contra a doença.
Os meses de dezembro a maio registram, tradicionalmente, o maior número de casos de transmissão em grande parte do Brasil. A vacina contra a febre amarela é ofertada na rede pública de saúde de todos os estados.
Na semana passada, depois da morte de um homem pela doença, em Ribeirão Preto (SP), o Ministério da Saúde reforçou a recomendação para para vacinação.
Os sintomas iniciais causados pelo vírus da febre amarela são calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. O índice de mortalidade, em estágio grave, alcança de 20% a 50% dos doentes.