Brasil

Governo Lula reajusta em até 39% repasse federal para compra de merenda escolar

Presidente reuniu dezenas de prefeitos no Palácio do Planalto para anunciar a medida, que deve custar R$ 5,5 bilhões aos cofres federais

Alimentação: governo reajustou o repasse da merenda escolar na educação pública. (Arquivo/Agência Brasil)

Alimentação: governo reajustou o repasse da merenda escolar na educação pública. (Arquivo/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 10 de março de 2023 às 19h49.

No esforço de apresentar uma 'agenda positiva' à população nos 100 primeiros dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta sexta-feira, 10, o reajuste de até 39% nos valores repassados pela União a Estados e municípios para custear a compra de merenda escolar na educação pública.

Lula reuniu dezenas de prefeitos no Palácio do Planalto para anunciar a medida, que deve custar R$ 5,5 bilhões aos cofres federais. O governo estima que 40 milhões de estudantes devem ser beneficiados. Ao discursar sobre os repasses, o presidente aproveitou para fazer críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e exaltou a reunião dos prefeitos na reunião. "A merenda escolar está há sete anos sem reajuste. Significa que a única importante nesse país foi a produção de mentira, fake news e o país ficou paralisado", disse Lula.

"Isso aqui que está acontecendo vai ser uma rotina entre nós. Nós queremos que as prefeitas e prefeitos deste país possam participar da execução das políticas que nós estamos desenvolvendo", afirmou. "É apenas o primeiro passo para o que a gente está fazendo e muita coisa nova que vai acontecer", prosseguiu. "Eu não sei o que aconteceu nesse País que houve uma paralisia", completou em nova crítica aos antecessores no cargo.

Lula ainda afagou os líderes municipais com a promessa de recriar a sala de prefeitos na Caixa Econômica e na Casa Civil, onde era feita a distribuição de recursos para as cidades em gestões passadas do PT. "Nós temos pressa. Precisávamos fazer nesses quatro anos o que é preciso muitos anos para fazer", disse o presidente.

No encontro, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), afirmou que o reajuste da merenda escolar vai fortalecer a produção de alimentos diversificados pelos produtores rurais e, por conseguinte, ajudar a economia do município a se fortalecer. Ele ainda pediu aos prefeitos que façam valer nas cidades a lei que exige a compra de pelo menos 30% dos produtos da agricultura familiar nas aquisições para as escolas.

Já o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), disse que Lula autorizou a regularização de obras na área da educação que estejam em andamento nos municípios. Ainda segundo o ministro, o governo federal vai retomar os conselhos do Programa Nacional de Alimentos Escolares (PNAE) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para ampliar o diálogo com as prefeituras.

Anúncios em infraestrutura

Nesta sexta, o governo ainda lançou o sistema "Mãos Obras", que funciona como um formulário a ser preenchidos pelos prefeitos para que especifiquem a situação das obras paradas no município que poderiam contar com recursos federais para a conclusão. O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), deu prazo de um mês para que os chefes do Poder Executivo municipal apresentam a relação das obras para que o Planalto avalie e defina os valores a serem repassados.

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaAlimentaçãoEducação no Brasil

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas