Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 16 de julho de 2024 às 16h01.
Última atualização em 16 de julho de 2024 às 16h01.
O percentual de eleitores que avaliam o trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ótimo ou bom é de 37,7%, enquanto os que consideram ruim ou péssimo é de 44,2%, aponta a pesquisa do instituto Futura Inteligência em parceria com a Apex Partners, divulgada com exclusividade pela EXAME.
O levantamento de junho mostra ainda que 17,1% consideram o trabalho regular, e 0,9% não sabem ou não responderam sobre o governo do petista. Essa é a primeira vez que a avaliação negativa supera a positiva na série histórica da pesquisa, que conta com cinco rodadas.
Na comparação com a última pesquisa, a avaliação negativa subiu oito pontos percentuais, de 36,6% para 44,2%, enquanto a positiva teve queda de quatro pontos percentuais, de 41,3% para 37,7%.
Segundo José Luiz Orrico, fundador e diretor da Futura, os detalhes da pesquisa mostram que existe um descolamento entre os indicadores econômicos reais e o sentimento da população em relação à inflação e ao desemprego.
"O que pode estar ocorrendo com a opinião pública então? Pesquisas quantitativas não conseguem responder a essa pergunta diretamente, mas outros estudos indicam um grande descontentamento geral com a política no Brasil, direcionado principalmente a quem está no poder", aponta.
Na maioria das regiões, o presidente teve um aumento na avaliação ruim ou péssima, com Norte e Nordeste sendo as exceções. O Norte, inclusive, registrou aumento na avaliação positiva de Lula. O pior resultado do petista é no Sul, onde 54,4% consideram o trabalho de Lula como ruim ou péssimo; em fevereiro, esse percentual era de 45%.
A pesquisa Futura detalha que a parcela que considera o governo Lula como ótimo e bom em sua maioria é composta por mulheres, acima de 45 anos, com ensino fundamental, renda de até um salário mínimo, católicas e moradores do Nordeste e Norte.
Entre os que avaliam a gestão de forma negativa estão homens, de 25 a 59 anos, com ensino médio e superior, renda acima de um salário mínimo, evangélicos e moradores do Sul e Centro-Oeste.
A pesquisa foi realizada pela Futura Inteligência. A amostra foi do tipo não probabilística e contemplou 1.000 entrevistas, com margem de erro de 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos e com nível de confiança de 95%.
As entrevistas foram realizadas entre os dias 18 e 21 de junho de 2024, por meio de técnica de abordagem CATI (entrevista telefônica assistida por computador), respeitando os critérios de aleatoriedade e das proporções populacionais, de sexo, idade e estado de moradia, tendo como unidade respondente a população do Brasil com idade superior a 16 anos.