Brasil

Governo Lula diz que há 14 mil pontos de risco de deslizamento no país

Segundo o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que coordena o grupo de resposta à crise no litoral norte, o governo estuda medidas como a "desapropriação necessária" de pessoas em locais identificados como passíveis de deslizamento

Crise Humanitária: Lula se reuniu nesta quarta, 22, com seis ministros de Estado e o secretário executivo do Ministro da Fazenda, Gabriel Galipolo (Defesa Civil SP/ Governo do Estado de SP/Flickr)

Crise Humanitária: Lula se reuniu nesta quarta, 22, com seis ministros de Estado e o secretário executivo do Ministro da Fazenda, Gabriel Galipolo (Defesa Civil SP/ Governo do Estado de SP/Flickr)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 22 de fevereiro de 2023 às 19h08.

Última atualização em 23 de fevereiro de 2023 às 07h46.

Em meio à crise humanitária instalada na região do litoral norte de São Paulo por causa das chuvas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ter identificado cerca de 14 mil pontos de risco de deslizamento espalhados pelo País, onde viveriam mais de 4 milhões de pessoas.

"Esses pontos todos, no Brasil inteiro, já identificados com situação de alto risco de deslizamento serão prioridade", afirmou o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

Segundo Waldez, que coordena o grupo de resposta à crise no litoral norte, o governo estuda medidas como a "desapropriação necessária" de pessoas em locais identificados como passíveis de deslizamento "para diminuir a quantidade de áreas de risco no País".

"A orientação dele (Lula) é para que se procure priorizar habitações de demandas dirigida para diminuir os riscos à vida das pessoas", afirmou o ministro.

Lula se reuniu nesta quarta, 22, com seis ministros de Estado e o secretário executivo do Ministro da Fazenda, Gabriel Galipolo, para definir as medidas de apoio do governo federal à cidade de São Sebastião e a outros locais afetados no litoral norte de São Paulo. O município enfrenta uma crise humanitária provocada pelas fortes chuvas, que já geraram deslizamentos de terra. Há previsão de mais chuvas até sexta-feira, 24, e o total de mortos já está em 48 e há 36 desaparecidos.

O governo federal repassou nesta quarta-feira R$ 7 milhões ao município litorâneo para a compra de cestas básicas; combustível; kits de limpeza e higiene pessoal; e itens de dormitório, como colchões. Os recursos foram liberados pelo Ministério da Integração.

Ainda segundo a pasta, mais recursos de proteção e defesa civil deverão ser liberados nos próximos dias. No encontro com Lula nesta quarta estão presentes os titulares da Casa Civil, Rui Costa (PT); dos Transportes, Renan Filho (MDB); da Integração, Waldez Góes; das Cidades, Jader Filho (MDB); das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT); e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT).

Lula vai conduzir mais reuniões no Alvorada com ministros de áreas focais para lidar com a crise em São Sebastião. Na segunda agenda prevista para hoje, o petista vai se encontrar com os responsáveis Agricultura, Carlos Favaro (PSD), Assistência Social, Wellington Dias (PT), e Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT).

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