Brasil

Governo libera R$ 27,5 milhões para pesquisas sobre zika

"Nenhum país na história da humanidade conseguiu ser bem sucedido na superação [das dificuldades] sem investir em pesquisa", disse Kassab

Aedes: cinco convênios no valor de R$ 4,6 milhões foram assinados com a Fundação Oswaldo Cruz (Daniel Becerril/File Photo/Reuters)

Aedes: cinco convênios no valor de R$ 4,6 milhões foram assinados com a Fundação Oswaldo Cruz (Daniel Becerril/File Photo/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 18h23.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vão investir R$ 234 milhões em pesquisas nas áreas de ciência e tecnologia, incluindo estudos sobre o vírus zika.

O ministro Gilberto Kassab assinou hoje (19) na sede da Finep, no Rio de Janeiro, convênios referentes a três editais lançados em 2016. Ele ressaltou que, apesar da grave crise financeira, o financiamento em pesquisas será prioridade em 2017.

"Nenhum país na história da humanidade conseguiu ser bem sucedido na superação [das dificuldades] sem investir em pesquisa, ciência e inovação", disse ele.

"Precisamos de uma mobilização muito importante, pois a partir de agora, com a famosa Lei do Teto dos Gastos, as corporações que não se mobilizarem terão muita dificuldade para conseguir recursos para os seus projetos", afirmou o ministro.

O presidente da Finep, Marcos Cintra, declarou que, mesmo em tempos de crise, áreas estratégicas, como a de Ciência e Tecnologia, não podem ficar sem investimentos.

"Há cortes de gastos de outros setores onde temos reprodução de capital, paralisa-se o investimento, retoma-se dois ou três anos depois, recoloca-se a situação como se desejaria. Na área da Ciência e Tecnologia, o conhecimento é aditivo, extremamente dinâmico. Qualquer paralisação nas nossas atividades nos colocará, em termos de distanciamento da fronteira de conhecimento, em situações que dificilmente poderão ser recuperadas no curto prazo", disse ele.

"Nenhum país vai conseguir estar entre os primeiros em termos de desenvolvimento econômico e oferecer condições dignas de vida à sua população se não der uma atenção muito especial à área a qual todos nós nos dedicamos", acrescentou.

Para as pesquisas voltadas para o combate ao Zika, as chamadas públicas somam R$ 27,5 milhões. Cinco convênios no valor de R$ 4,6 milhões foram assinados com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e seus institutos.

Diagnóstico precoce

Entre os projetos selecionados estão iniciativas de aperfeiçoamento de tecnologias para exame de imagens de diagnóstico precoce de alterações neurológicas, aprimoramento de tecnologias de criação de inseto estéril, de linhagens de mosquitos geneticamente modificados e desenvolvimento de vacinas.

A Finep vai oferecer apoio institucional, incluindo despesas correntes, como material de consumo, softwares, instalação, recuperação e manutenção de equipamentos, além de despesas de capital, operacionais e administrativas e bolsas.

O segundo edital - de R$193 milhões - foi destinado a laboratórios multiusuários dos institutos vinculados ao MCTIC, para aquisição e manutenção de equipamentos e contratação de pessoal qualificado para a operacionalização destes equipamentos.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e o Observatório Nacional são alguns dos institutos que receberão recursos.

A chamada de apoio institucional, somando R$14,3 milhões, destina-se ao desenvolvimento de áreas estratégicas de pesquisa científica e tecnológica. Serão beneficiadas as Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

Acompanhe tudo sobre:SaúdeZika

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas