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Governo já atingiu limite em reforma da Previdência, diz Padilha

O ministro disse ainda que o governo não pensa em aumentar impostos, caso a reforma não seja aprovada

Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de maio de 2017 às 10h47.

Brasília - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo já chegou ao limite de mudanças no texto para aprovação da reforma da Previdência. Em entrevista após reunião de balanço de um ano do governo Michel Temer, no Palácio do Planalto, ele afirmou que o Executivo espera que a proposta seja votada no Congresso Nacional até o fim do primeiro semestre. O ministro disse ainda que o governo não pensa em aumentar impostos, caso a reforma não seja aprovada.

"Já chegamos no ponto em que o governo federal tinha estabelecido como limite: 75% do que foi mandado para Congresso Nacional. E já chegamos aos 75%. Portanto, da parte do governo, não há disposição para fazer nenhuma outra concessão", declarou Padilha. Ele afirmou que o governo está "avançando muito bem" nos temas nos quais já fez algum tipo de concessão e que as contas para alcançar os 308 votos mínimos necessários para aprovar a reforma no plenário da Câmara "estão bem".

"Os números são bons. Continuamos trabalhando, conscientizando que a reforma é fundamental. E a reforma da Previdência é a pedra de toque para o Brasil nos próximos anos. Ou fazemos a reforma da Previdência, ou então vamos ter de volta a inflação, os juros altos, mais desemprego ainda", disse o ministro. Questionado se o governo cogita aumentar impostos, caso a proposta não seja aprovada, respondeu: "O governo não pensa em aumentar impostos".

Padilha previu que o PMDB poderá aprovar o fechamento de questão a favor da reforma, o que obrigará deputados e senadores do partido a votarem a favor da proposta, sob pena de serem punidos até com expulsão da sigla. "Vi que mais de 50 parlamentares do PMDB na Câmara pediram fechamento de questão.

Seguramente a comissão executiva vai analisar o tema e, possivelmente, aprovar", afirmou. Ele disse acreditar que o PSDB, um dos principais aliados do governo, também fechará questão.

"A tendência hoje é o fechamento de questão tendo em vista a importância e a relevância da reforma da Previdência", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Jucá afirmou ainda que estão tratando com outros partidos "para haver união de pensamento". "O PMDB vai colocar essa questão em pauta", declarou. Segundo o líder do governo, é importante fazer a reflexão de quanto o País já caminhou e quanto ainda precisa caminhar.

O ministro dos Transportes, deputado licenciado Maurício Quintella (PR-AL), afirmou que seu partido não deverá fechar questão a favor da reforma da Previdência. A legenda tem a quinta maior bancada da Câmara, com 39 deputados. "Acho difícil fechar questão. Não fechamos nem na trabalhista", afirmou Quintella, em entrevista após reunião de balanço de um ano do governo Michel Temer, no Palácio do Planalto.

O ministro ressaltou, porém, que a sigla vai dar "total apoio" ao governo. "Espero dar igual ou mais votos do que na reforma trabalhista", disse. De 39 deputados do PR, 28 votaram a favor; 7, contra; e 4 faltaram. Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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