Jungmann: "Vamos adquirir ferramentas tecnológicas, como radares móveis e sensores", afirmou ministro (ABr/Arquivo)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 14h30.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou nesta quinta-feira 5, que o governo irá investir R$ 450 milhões para a realização do monitoramento de fronteiras. O anúncio foi feito após reunião do núcleo institucional do governo comandada mais cedo pelo presidente Michel Temer.
"Vamos dobrar os recursos que foram expedidos no ano anterior. Vamos adquirir ferramentas tecnológicas, como radares móveis e sensores", afirmou Jungmann após mencionar a cifra de R$ 450 milhões.
Segundo ele, também será mantida a operação Ágata, por tempo indeterminado. A operação integra o Plano Estratégico de Fronteiras (PEF) do governo federal, criado para prevenir e reprimir a ação de criminosos na divisa do Brasil com dez países sul-americanos.
Desde 2011, o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) coordena uma ação de grande escala com o objetivo de fortalecer a segurança dos quase 17 mil quilômetros de fronteiras terrestres do Brasil.
Ao longo da operação, militares da Marinha do Exército e da Força Aérea Brasileira realizam missões táticas destinadas a coibir delitos como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, imigração e garimpo ilegais.
"A operação Ágata será contínua, não vai ter um período só. Vamos atuar de forma imprevisível, operação vai explorar o elemento surpresa", ressaltou.
Antes das declarações de Jungmann, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, detalhou as principais ações que deverão integrar o plano nacional de segurança pública elaborado pela equipe do governo.
Inicialmente, o anúncio do plano estava previsto para ocorrer apenas no final deste mês, mas após os desdobramentos do massacre ocorrido em Manaus no último domingo, a cúpula do governo decidiu antecipar a divulgação das propostas.
Segundo Moraes, o plano terá três eixos centrais. "O primeiro objetivo do plano é reduzir homicídios dolosos e de violência contra mulher. O segundo é o combate integrado à criminalidade. E o terceiro é a racionalização e modernização do sistema penitenciário", afirmou Moraes em coletiva à imprensa.