O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão: segundo ele, governo está estudando "o cenário inteiro". "Depois de feito esse estudo, nós tomaremos uma decisão, sobretudo do ponto de vista do Tesouro" (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 11h48.
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta sexta-feira que o governo pode ter decisão na próxima semana sobre equacionamento do custo maior de termelétricas e sobre o impacto do déficit da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) nas tarifas de eletricidade dos consumidores.
O ministro afirmou também que terá reunião com representantes do Tesouro Nacional ainda nesta sexta-feira para tratar do assunto.
"Pode ser que na próxima semana tenhamos uma decisão. Mas não estou fixando data. Temos de estudar melhor o assunto para tomar a decisão com segurança", disse.
Além do custo bilionário das termelétricas, que estão gerando energia para compensar o nível baixo dos reservatórios das hidrelétricas, os consumidores já terão de pagar cerca de 5,6 bilhões de reais do déficit de 2014 da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), com impacto de cerca de 4,6 por cento nas tarifas, segundo estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Lobão disse a jornalistas, após participar de evento na Aneel, que o governo está estudando "o cenário inteiro". "Depois de feito esse estudo, nós tomaremos uma decisão, sobretudo do ponto de vista do Tesouro".
Abastecimento de energia
O ministro voltou a dizer que o sistema elétrico brasileiro opera com folga e que há sobra de energia, mas ponderou que "há uma taxa mínima de risco (de faltar energia) se as condições forem absolutamente adversas". Mas o governo, segundo ele, não conta com esse quadro. "Se eu não estou contando com um quadro absoluto e totalmente adverso, eu tenho de entender que o risco praticamente não existe", disse.
Lobão disse as chuvas começaram a cair e que os estudos dos órgãos técnicos apontam para boas possibilidade de chuva daqui para a frente. "Temos de achar que o melhor vai acontecer, e não o pior", afirmou.