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Governo federal adiciona 52 nomes na lista de trabalho escravo

"Lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego já soma 294 nomes acusados de trabalho escravo

Só na Usina Santa Clotilde, uma das principais de Alagoas, foram flagrados 401 empregados em trabalho escravo (Nelson Almeida/AFP)

Só na Usina Santa Clotilde, uma das principais de Alagoas, foram flagrados 401 empregados em trabalho escravo (Nelson Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2011 às 10h44.

São Paulo - O cadastro de empregadores flagrados com mão-de-obra similar à do trabalho escravo foi atualizado com 52 nomes no site do Ministério do Trabalho e Emprego. A lista totaliza 294 nomes de empregadores, que incluem usineiros de cana-de-açúcar e a empreiteira da usina hidrelétrica de Jirau.

A lista "suja" foi criada em novembro de 2003, como instrumento para forçar as empresas e os empregadores envolvidos a melhorarem a situação dos trabalhadores. Se a companhia não mudar a sua situação, continua listada por pelo menos dois anos.

Com a empresa infratora na lista, instituições como o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES suspendem os financiamentos e o acesso ao crédito. Essas companhias também sofrem sanções comerciais das empresas signatárias do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo – que representam mais de 25% do PIB nacional.

Entre as inclusões polêmicas está o número 71 da lista, da Construtora BS, contratada pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil (Enersus) na construção da Usina Hidrelétrica de Jirau. Na lista do ministério, constam que 53 trabalhadores foram resgatados. Ou seja, estão recebendo auxílio temporário por terem sido flagrados fazendo trabalho escravo.

Entre os usineiros, só na Usina Santa Clotilde, uma das principais de Alagoas, foram flagrados 401 empregados em situação que os fiscais qualificaram de  trabalho escravo. A Miguel Forte Indústria também foi denunciada como explorando 35 trabalhadores, incluindo três adolescentes, na colheita de erva-mate em Bituruna.

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