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Governo fará plano de redução de gordura dos alimentos

Ontem, o Ministério da Saúde já fechou acordo com a indústria alimentícia brasileira para reduzir os níveis de sódio nos alimentos

As medidas são fundamentais para o combate ao sobrepeso e melhora dos hábitos alimentares dos brasileiros, disse Ministro da Saúde (Getty Images / Allison Shelley)

As medidas são fundamentais para o combate ao sobrepeso e melhora dos hábitos alimentares dos brasileiros, disse Ministro da Saúde (Getty Images / Allison Shelley)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2011 às 17h30.

São Paulo - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse hoje que no segundo semestre deste ano o governo deve implantar um programa de redução de gordura dos alimentos industrializados. Ontem, o Ministério da Saúde fechou acordo com a indústria alimentícia brasileira para reduzir os níveis de sódio nos alimentos, com meta de 30% a menos para massas e 10% para pães até 2012. "No segundo semestre vamos abrir a agenda para a redução de gordura. É um programa fundamental porque traz a indústria de alimentos para o debate (hábitos alimentares). O Brasil é pioneiro em relação aos demais países nisso", disse.

De acordo com ele, assim como no acordo para redução dos níveis de sódio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também fiscalizará o cumprimento do acordo. Padilha argumentou que ambas as medidas são fundamentais para o combate ao sobrepeso e melhora dos hábitos alimentares dos brasileiros. Pesquisa realizada recentemente pelo ministério descobriu que 48% da população das capitais tem sobrepeso e 15% já é classificada como obesa. "É fundamental que a gente divulgue os hábitos de alimentação saudáveis", reforçou Padilha.

Dengue

O ministro revelou também que nos três primeiros meses do ano, o número de óbitos por dengue caiu 62% em relação ao mesmo período do ano passado. Conforme Padilha, houve uma redução de 69% dos casos graves e 43% do número total de casos. "Mas isso não é motivo para baixarmos a guarda", disse o ministro, que pretende reforçar a campanha contra o mosquito Aedes aegypti nos próximos meses.

Padilha lembrou que a população é um parceiro importante no combate à dengue e que só na Região Sudeste, 91% dos focos estão dentro das casas. "É fundamental a participação da população", disse.

Perguntado sobre o protesto dos médicos, Padilha disse que a reivindicação da categoria deve ser ouvida, mas que os planos de saúde e profissionais devem chegar a um consenso sem que haja prejuízo à população. "O que eu peço é que o serviço à população brasileira seja mantido", apelou.

Padilha esteve hoje na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e reuniu-se com o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, para assinar um termo de transferência de tecnologia da Prefeitura da cidade para o Ministério da Saúde. Em 2003, o governo federal financiou a implementação de uma rede de informação nos centros de saúde e, após o aperfeiçoamento do sistema, a tecnologia será repassada à União para que a rede seja implantada em todo o País.

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