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Governo estima investir R$ 1,263 tri em energia até 2023

Governo prevê também investimento de R$ 879 bilhões na cadeia de petróleo e gás natural


	Cabos de transmissão de energia elétrica da Eletrobras em Foz do Iguaçu
 (Adriano Machado//Bloomberg)

Cabos de transmissão de energia elétrica da Eletrobras em Foz do Iguaçu (Adriano Machado//Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2014 às 19h14.

São Paulo - Os investimentos na geração de energia no Brasil devem somar R$ 1,263 trilhão entre 2014 e 2023, projeta o governo brasileiro.

O número consta no Plano Decenal de Expansão (PDE) de Energia 2023 divulgado nesta terça-feira, 9, pelo Ministério de Minas e Energia (MME), documento que prevê investimento de R$ 879 bilhões na cadeia de petróleo e gás natural.

Outros R$ 301 bilhões serão destinados à oferta de energia elétrica, a partir de projetos de geração e transmissão de energia. A oferta de biocombustíveis líquidos deve demandar outros R$ 82 bilhões.

O estudo mostra que a oferta interna de energia atingirá aproximadamente 426 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep) em 2023, o que representa um crescimento médio anual de 3,7% na década.

A oferta interna de eletricidade, por sua vez, crescerá a uma taxa média de 4,4% ao ano e atingirá 934 terawatt-hora (TWh) em 2023. No mesmo período, o consumo final energético terá alta de 3,7% ao ano, em média, e irá superar a marca de 350 milhões de tep.

As projeções citadas no PDE sugerem que a participação do petróleo e seus derivados na oferta interna total de energia cairá de 38,6% em 2014 para 36,7% em 2023.

"Apesar do incremento na produção de petróleo bruto, as perspectivas de substituição da gasolina por etanol e do óleo combustível por gás natural são os principais determinantes da diminuição da participação", destaca o documento.

Já o consumo de gás natural aumentará, em média, 3,7% ao ano nos próximos dez anos, alcançando a marca de 128 milhões de metros cúbicos diários (m3/d) em 2023.

O número será impulsionado principalmente pela utilização do gás natural como matéria-prima para a fabricação de fertilizantes e produção de hidrogênio em refinarias de petróleo. A expansão desse consumo, considerado não energético, deve ficar em 21% ao ano.

O consumo de gás para geração elétrica adicional, não incluído no número estimado de 128 milhões de m3/d, deve saltar do patamar de 30,2 milhões de m3/d em 2014 para 69,4 milhões de m3/d em 2023.

O estudo tem como premissas a previsão de que a economia mundial crescerá a uma taxa média de 3,8% ao ano, enquanto no Brasil essa variação está estimada em 4,3% ao ano.

O preço do petróleo do tipo Brent ficará em média em US$ 95,66 por barril entre 2014 e 2018 e em US$ 83,43 por barril entre 2019 e 2023.

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