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Governo e exército devem prestar contas sobre Marielle, diz Lula

O ex-presidente classifica o assassinato da vereadora como também um ataque à democracia do país

Marielle: Lula pediu solidariedade ao povo do Rio, para que se acabe com toda essa violência contra os inocentes (Câmara do Rio/Divulgação)

Marielle: Lula pediu solidariedade ao povo do Rio, para que se acabe com toda essa violência contra os inocentes (Câmara do Rio/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de março de 2018 às 12h14.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse na manhã desta quinta-feira, 15, em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador, que o governo do Rio e as Forças Armadas, que cuidam da intervenção federal no Estado, devem prestar contas à sociedade sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrido na noite de quarta-feira, 14.

"Quero prestar homenagem à família de Marielle, combatente dos Direitos Humanos, barbaramente assassinada ontem, junto com seu motorista. Condenamos veemente a falta de segurança que vive grande parcela do povo brasileiro, vamos ser solidários à família e amigos dessa jovem de 38 anos. Isso é abominável, temos de exigir do governo do Rio e das Forças Armadas que cuidam agora da violência (com a intervenção) que prestem contas à sociedade, mostrando os culpados. Se foi a polícia (ela havia denunciado nas redes sociais a ação de policiais na favela de Acari) fica muito mais fácil descobrir. É preciso muita solidariedade para acabar com toda essa violência", disse o petista.

Na avaliação de Lula, o assassinato da vereadora, que ele classifica de "corajosa liderança política, morta precocemente", atinge também a democracia do País. "O Rio de Janeiro e a democracia brasileira foram atingidos por esse crime político bárbaro", destacou.

Lula pediu solidariedade ao povo do Rio, para que se acabe com toda essa violência contra os inocentes. Na entrevista, além de reiterar que é inocente e não cometeu crime algum, o ex-presidente disse que pretende voltar a comandar o País para trabalhar no sentido do restabelecimento da paz.

"A violência é a irresponsabilidade da ausência do Estado. Esse país só tem um jeito: voltar a crescer, distribuir renda e dar oportunidade para o povo", destacou.

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