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Governo do Rio garante que água está apta para esportes

Instituto fluminense disse que qualidade da água nos locais de competição dos Jogos Olímpicos de 2016


	Baia de guanabara: estudo aponta riscos de doenças transmitidas por vírus, como problemas estomacais e respiratórios
 (Tomaz Silva/ Agência Brasil)

Baia de guanabara: estudo aponta riscos de doenças transmitidas por vírus, como problemas estomacais e respiratórios (Tomaz Silva/ Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2015 às 18h10.

Rio de Janeiro - O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro afirmou nesta quinta-feira que garante a qualidade da água nos locais de competição dos Jogos Olímpicos de 2016 com base nos critérios internacionais, após novos testes terem revelado uma alta presença de vírus causadores de doenças na cidade.

O Inea reconheceu que a Marina da Glória, onde os barcos das provas de vela ficarão estacionados, está fora dos padrões de qualidade, mas rejeitou o estudo divulgado nesta quinta-feira pela Associated Press apontando que os atletas correm risco de contaminação por vírus nas áreas de competição.

"Tanto pelos parâmetros europeus como americanos, a qualidade da água está apta para a realização das provas", afirmou o Inea em nota oficial.

Segundo o instituto, a qualidade das águas do Rio de Janeiro é monitorada com uso de indicadores bacteriológicos, verificando a quantidade presente de coliformes fecais, enterococos e escherichia coli, e que nesse aspecto não há risco à saúde dos competidores.

O levantamento divulgado pela AP, que encomendou os testes de qualidade da água à Universidade de Novo Hamburgo, aponta riscos de doenças transmitidas por vírus, como problemas estomacais e respiratórios.

Os testes apontaram riscos de contrair doenças durante provas na Baía de Guanabara, Lagoa Rodrigo de Freitas e na praia de Copacabana, mas atletas que vão disputar os Jogos garantiram não estar preocupados.

"Os brasileiros não pegam nada", disse à Reuters o velejador bicampeão olímpico Marcelo Ferreira. "Nunca tive problema de saúde velejando na Baía de Guanabara."

A despoluição da Baía de Guanabara, onde o acúmulo de detritos em certos pontos lembra um lixão a céu aberto, foi uma das principais promessas do Rio em sua candidatura para receber os Jogos, mas o governo já reconheceu que não será possível cumprir a meta.

As autoridades agora esperam que medidas paliativas, como o uso de barcos de limpeza para a superfície e a colocação de barreiras nas raias olímpicas, diminuam o problema para os Jogos Olímpicos. O local será palco de um evento-teste para a Olimpíada entre os dias 15 e 22 de agosto.

Em nota, o Comitê Olímpico Internacional reiterou nesta quinta-feira que a saúde dos atletas é uma prioridade e que está em conversas constantes com os organizadores para garantir a qualidade da água para as competições.

"Por exemplo, nós sabemos que medidas proativas estão sendo tomadas e implementadas no entorno da Baía de Guanabara pelas autoridades locais, como o fechamento de aterros, a redução da poluição industrial, o aumento do tratamento de água e a redução do lixo flutuante", disse o COI.

"Nós temos garantias da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de outras partes de que não há risco significativo à saúde dos atletas", acrescentou. 

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