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Governo do Rio diz que Baía de Guanabara não preocupa

Subsecretário estadual do Meio Ambiente do Rio garantiu que, segundo estudos do Inea, não há risco de os atletas serem contaminados por causa da poluição

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 15h30.

Rio - Na manhã desta quinta-feira, o subsecretário estadual do Meio Ambiente do Rio, Carlos Portinho, visitou as águas da Baía de Guanabara e garantiu que o local terá condições de receber os atletas de vela para o primeiro evento-teste da Olimpíada, que está marcado para agosto deste ano.

No entanto, é possível ver manchas e, às vezes, sentir odor de esgoto nas águas da Baía, mesmo nas áreas mais próximas ao mar aberto, onde as provas serão realizadas.

Portinho afirmou que utilizará ecobarreiras e ecobarcos para conter o lixo flutuante e garantiu que, de acordo com estudos feitos pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea), não há risco de os atletas serem contaminados por causa da poluição da água.

"Nos pontos onde ocorrerão as provas dos Jogos Olímpicos, a qualidade da água está igual à de qualquer praia do Rio de Janeiro. Todas as análises garantem que a qualidade da água nos locais de competição é muito boa."

O subsecretário afirmou também que não plano B para a Baía, na esteira das críticas que sem sendo feitas ao Comitê Olímpico Internacional. Federações dos países participantes chegaram a mencionar nos últimos dias a possibilidade de pensar em planos B, ou seja, em outros locais para sediar algumas competições. Portinho, porém, descartou essa possibilidade para a sede da vela dos Jogos.

"O plano é A, A e A. É UTR (Unidade de Tratamento dos Rios), ecobarco e ecobarreira, superficialmente e paliativamente, que serão necessários para as competições. E o saneamento dos municípios e as unidades de tratamento que serão um legado para o nosso estado", declarou.

O Governo Estadual prometeu aos organizadores dos Jogos que até 2016 no mínimo 80% do esgoto despejado na Baía será tratado. Nos últimos quatro anos a capacidade de tratamento aumentou de 20% para 40%. Mas, para chegar a meta, é preciso dobrar a atual capacidade, o que será um grande desafio, já que restam apenas dois anos.

Questionado pela reportagem sobre a possibilidade de a meta não ser alcançada, Gelson Serva, coordenador executivo do Programa de Saneamento da Baía de Guanabara da Secretaria de Meio Ambiente, demonstrou preocupação. "Não tem milagre, o grande problema é saber administrar uma possível frustração. Mas agora nós temos um rumo, um norte. Nós vamos acelerar por conta da Olimpíada. A Olimpíada vai trazer esse grande benefício para o Rio de Janeiro. É um benefício que não tem volta."

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