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Governo do Rio desiste de demolir estádio de atletismo

O estádio passará por reformas, principalmente na pista de corrida e na arquibancada, que custarão cerca de R$ 7,5 milhões ao governo do estado


	O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral: para o governador do Rio, o melhor para a sociedade é que a proposta da licitação seja mantida.
 (Tânia Rêgo/ABr)

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral: para o governador do Rio, o melhor para a sociedade é que a proposta da licitação seja mantida. (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 16h07.

Rio de Janeiro – O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, anunciou hoje (2) a manutenção do Estádio de Atletismo Célio Barros, integrante do complexo esportivo do Maracanã. Segundo Cabral, a decisão de não demolir o estádio atende a pedidos da Justiça e da opinião pública, assim como ocorreu com o Parque Aquático Júlio de Lamare. O Consórcio Maracanã se manifestará nas próximas semanas sobre a interrupção na demolição do estádio de atletismo e do parque aquático. No entanto, o presidente do consórcio, João Borba, admitiu a possibilidade de rompimento de contrato.

O estádio passará por reformas, principalmente na pista de corrida e na arquibancada, que custarão cerca de R$ 7,5 milhões ao governo do estado. A decisão de não demolir mais um equipamento esportivo na zona norte foi divulgada após duas horas de reunião entre Cabral, o secretário de Estado de Esporte e Lazer, André Lazaroni, o presidente da Federação de Atletismo do Rio de Janeiro (Farj), Alberto Lancetta, e João Borba.

Para o governador do Rio, o melhor para a sociedade é que a proposta da licitação seja mantida. “As federações e muitos atletas da natação nos solicitaram, apelaram pela permanência do equipamento [estádio]. Do atletismo, a mesma coisa. A sociedade civil, atletas, as instituições responsáveis legalmente, como o Instituto do Patrimônio Histórico e a Justiça do estado a mesma coisa. Esse conjunto de fatores nos levou a abrir o diálogo e discutir o assunto outra vez. Mesmo convencidos de que o melhor seria a proposta da licitação que apresentamos. O atletismo e a natação ganhariam dois grandes equipamentos modernos. Por outro lado, o Maracanã ganharia entretenimento, restaurantes, lojas, como nós temos em vários lugares do mundo”.


Segundo Cabral, o governo tinha autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para demolir os equipamentos esportivos. “Nós consultamos o Patrimônio Histórico antes de fazer a licitação. Perguntamos: o Célio de Barros é tombado? O Patrimônio Histórico disse: não. O Júlio de Lamare é tombado? O patrimônio histórico disse: não. Apenas o Maracanãzinho é tombado junto com o Maracanã. Então, portanto, quando nós lançamos a licitação havia uma informação oficial do Iphan nos dizendo isso”.

João Borba, do Consórcio Maracanã, explicou que os equipamentos esportivos dariam lugar a um museu para contar a história do futebol. “A gente bolou para que o Complexo do Maracanã fosse um lugar para trazer as famílias. A nossa meta é trazer sempre, o dia inteiro, com atividades para crianças e adultos. Então nós estruturamos um plano de negócio. O Complexo Maracanã é a ideia de transportar o Júlio de Lamare e o Célio de Barros para o outro lado da linha [do trem] para construir naquele local um museu multimídia, um museu interativo, onde a história do futebol fosse passeada”.

O presidente da Federação de Atletismo do Rio de Janeiro (Farj), Alberto Lancetta, que apoia a manutenção do Célio de Barros, manifestou a vontade dos atletas sobre a questão. “Ainda ontem eu recebi muitos e-mails do grupo de atletas que está fazendo um camping de treinamento na Rússia pedindo que fortalecesse essa decisão da manutenção do Célio de Barros. Nós tivemos a oportunidade de externar o sentimento de toda a família do atletismo, que era a de manutenção do estádio Célio Barros, por se tratar de um equipamento emblemático do esporte brasileiro”.

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