PM: o governo capixaba descartou a hipótese, alegando que a anistia é vedada "pela legislação brasileira" (Tânia Rego/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 22h52.
Vitória - O governo do Espírito Santo não aceitou a proposta apresentada no fim da tarde desta segunda-feira (13) por mulheres dos policiais militares e associações da categoria. Com isso, a paralisação da PM deverá chegar nesta terça-feira (14) ao 11° dia.
Na nova tentativa de acordo, as mulheres abriam mão do reajuste imediato de 43% para os policiais, mas exigiam a incorporação de benefícios e a anistia total de todos os envolvidos no motim da PM.
Em nota, a gestão Paulo Hartung (PMDB) afirmou que "muito embora as entidades reconheçam que o cenário econômico nacional e as condições limitadas do governo estadual inviabilizam a concessão do reajuste solicitado, há o pedido de uma pauta que impacta, de forma expressiva, o orçamento e as finanças do Espírito Santo".
No novo acordo, nenhum porcentual de reajuste era mencionado, mas a categoria pedia a concessão de auxílio-fardamento de R$ 533,50 em duas parcelas anuais, a incorporação imediata aos vencimentos de escalas extras, um cronograma para promoções, o pagamento de auxílio-alimentação e o realinhamento da tabela de subsídios.
O documento também pedia anistia total aos policiais militares e mulheres envolvidas no movimento.
O governo capixaba descartou a hipótese, alegando que a anistia é vedada "pela legislação brasileira" e fere "os princípios constitucionais da legalidade e moralidade", diz a nota.