A pauta foi entregue hoje (11) ao governador Renato Casagrande (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2013 às 18h42.
Rio de Janeiro – Uma reunião entre o governo do Espírito Santo e as centrais sindicais está prevista para a próxima semana para discutir a lista de reivindicações dos trabalhadores.
A pauta foi entregue hoje (11) ao governador Renato Casagrande. Entre os itens estão a criação de uma Secretaria do Trabalho, de uma universidade pública e a adoção de salário mínimo de R$ 900 no estado.
De acordo com o presidente da Força Sindical no estado, Alexandre Martins, a manifestação de hoje quer impulsionar também as reivindicações nacionais como mais investimentos em saúde, educação, segurança e reforma agrária, que também são de responsabilidade dos governos estaduais.
Os manifestantes pedem ainda que a próxima licitação de ônibus no estado inclua plano de saúde integral para os rodoviários.
A reunião foi confirmada pelo secretário de Ações Estratégicas, Álvaro Duboc. “O que irá acontecer a partir de agora é que, com a formalização da entrega das reivindicações, um grupo de trabalho determinado pelo governador Renato Casagrande vai analisar tecnicamente e avançar na discussão com os movimentos sindicais”, informou.
De acordo com Duboc, alguns do itens, como a criação de uma universidade pública, já constam do planejamento do governo, que prevê um instituto tecnológico de nível superior. A proposta é atender estudantes de 18 municípios da região metropolitana. "A pauta, mesmo que não seja nova, é extensa. Temos que analisar item por item", reforçou.
A lista de reivindicações também foi entregue ao desembargador do Tribunal Estadual de Justiça Pedro Valls Feu Rosa e deve ser apresentada ainda hoje à Assembleia Legislativa do Espírito Santo, que está ocupada há dez dias por estudantes e manifestantes que protestam contra a cobrança de pedágio em uma das pontes que ligam a região metropolitana à capital, Vitória.
Um decisão liminar determinou uma auditoria no contrato de concessão da ponte, assinado em 1998, que estabelece a cobrança, a pedido do governo do estado, segundo Duboc. A expectativa é quem em menos de 90 dias o documento fique pronto. Ele evitou comentar a ocupação dos estudantes e o pedido de cancelar o pedágio, como querem os manifestantes.