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Governo diz que restam 65 pontos de concentração de caminhoneiros

De acordo com o balanço, no auge da crise os pontos de aglomeração ultrapassaram 600 em vários estados

Greve: segundo o Poder Executivo, não há mais bloqueio nas estradas (Ricardo Moraes/Reuters)

Greve: segundo o Poder Executivo, não há mais bloqueio nas estradas (Ricardo Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de maio de 2018 às 12h14.

O governo divulgou hoje (31) novo balanço da operação São Cristóvão, que reúne 23 órgãos para monitorar e atuar para a desmobilização das paralisações de caminhoneiros e diminuição dos impactos do movimento.

Segundo o Poder Executivo, não há mais bloqueio nas estradas. No entanto, ainda persistem pontos de concentração de caminhoneiros, que estão em 65 locais, conforme levantamento da operação. Ainda de acordo com o balanço, no auge da crise os pontos de aglomeração ultrapassaram 600 em vários estados.

Porto de Santos

Um dos locais em que caminhoneiros permaneciam hoje pela manhã mobilizados era o Porto de Santos, dificultando o fluxo de caminhões de carga. Segundo o Ministério da Defesa, operação conjunta entre as Forças Armadas e a Polícia Rodoviária Federal liberou o acesso ao porto e o funcionamento "começa a ser normalizado".

O presidente da Federação dos Caminhoneiros de São Paulo, Claudinei Pelegrini, afirmou à Agência Brasil que o movimento no local é "esquisito".

"Quase 90% das reivindicações da categoria já foram atendidos. Se em Santos estão pleiteando alguma coisa é algo pontual, de transporte de contêiner. Difícil a gente dizer. Ali está uma torre de babel. E a gente nunca sabe quem está infiltrado", argumentou.

Combustíveis

A atualização do governo aponta que o volume de carregamentos de entregas de diesel e querosene de aviação estaria em 85%. No entanto, permanecem filas para abastecimento em diversas cidades em todo o país.

"A gasolina nas bombas dos postos é o último item a ser plenamente restabelecido porque precisa da mistura com álcool anidro, o que é feito nas bases de distribuição", justificou o governo no comunicado.

Aeroportos

De acordo com o Executivo, os 15 principais aeroportos do país estão abastecidos. O desabastecimento ainda atinge os aeroportos de Palmas (TO) e Cuiabá (MT). Nas unidades da Infraero (excluídas as concedidas, como Guarulhos, Galeão, Curitiba e Florianópolis), a última atualização indicou 19 voos cancelados hoje, 4,6% dos 413 programados para o dia.

Alimentos e saúde

No caso dos alimentos, item bastante afetado durante a crise, o governo afirmou em seu balanço que o reabastecimento "é retomado aos poucos". O comunicado não mencionou percentual ou as pendências neste campo.

Mas informou que agentes da vigilância sanitária em alguns estados estão fiscalizando a qualidade dos alimentos que chegam a supermercados e outros centros de distribuição.

No tocante aos serviços de saúde, o governo afirma que em 16 estados e no Distrito Federal eles já foram normalizados. Aviões da Força Aérea Brasileira estão realizando transporte de medicamentos. Ontem, uma carga foi transportada para Salvador e hoje outra deve ser enviada para Recife.

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