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Governo diz que destravar economia consolidará turismo

Enquanto o setor de serviços, como um todo, vem sofrendo retração, o turismo ainda segura o índice

Turismo no Brasil: em 2017, o país avançou no Ranking de Competitividade de Viagens e Turismo, do Fórum Econômico Mundial, que avalia 136 países em 14 quesitos (Diego Grandi/Getty Images)

Turismo no Brasil: em 2017, o país avançou no Ranking de Competitividade de Viagens e Turismo, do Fórum Econômico Mundial, que avalia 136 países em 14 quesitos (Diego Grandi/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 17 de maio de 2019 às 06h52.

Última atualização em 17 de maio de 2019 às 06h56.

Os últimos números divulgados na Pesquisa Mensal de Serviços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reforçam o potencial de crescimento do turismo brasileiro.

Enquanto o setor de serviços, como um todo, vem sofrendo retração, o turismo ainda segura o índice, com um crescimento de 3,3%, acumulados nos últimos 12 meses até março deste ano.

De acordo com o subsecretário de Desenvolvimento de Comércio e Serviços do Ministério da Economia, Fábio Pina, esse crescimento ainda está muito distante da expectativa gerada para o setor. Segundo ele, só é possível alcançar o potencial latente quando os setores deixarem de se isolar e trabalharem integrados. "O subsídio para grandes grupos econômicos, para grandes setores da economia, não se traduziu em mais empregos e mais investimentos na prática. Se traduziu em apenas mais uma renúncia fiscal que dificultou o trabalho do setor público em prestar serviços para quem precisa", afirma Pina.

Em 2017, o país avançou no Ranking de Competitividade de Viagens e Turismo, do Fórum Econômico Mundial, que avalia 136 países em 14 quesitos. O resultado representou um salto da 51ª posição, em 2013, para a 27ª, em apenas quatro anos; com destaque para o quesito "belezas naturais", no qual o país ocupa a primeira colocação mundial.

Nos quesitos que necessitam de interferência do poder público como segurança, infraestrutura e ambiente de negócios, o país ainda configura entre os piores desempenhos. "Há uma série de problemas a serem solucionados que dependem da retomada da capacidade do governo em investir, e isso só é possível crescendo a economia e aumentando a arrecadação pelo crescimento, e não pelo aumento da carga tributária; e reduzindo os grandes problemas fiscais do país, o maior deles é o da Previdência", diz.

Para ele, somente depois disso o ambiente estará propício para melhorar os outros setores de forma consolidada. "Não existe um único setor puxar toda a economia. Ao contrário, é o crescimento de toda a economia que vai fazer com que os setores prosperem", conclui.

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