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Governo Dilma sofreu e enfraqueceu com derrotas, diz Cunha

O peemedebista afirmou que, apesar da "guerra" contra sua candidatura, um sentimento contrário ao PT o ajudou a se eleger para o comando da Casa


	Cunha: o peemedebista afirmou que, apesar da "guerra" contra sua candidatura, um sentimento contrário ao PT o ajudou a se eleger para o comando da Casa
 (Valter Campanato / Agência Brasil)

Cunha: o peemedebista afirmou que, apesar da "guerra" contra sua candidatura, um sentimento contrário ao PT o ajudou a se eleger para o comando da Casa (Valter Campanato / Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2016 às 12h15.

Brasília - O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), usou parte do início da entrevista coletiva convocada por ele para esta terça-feira, 21, para criticar o governo da presidente afastada Dilma Rousseff (PT).

Segundo ele, desde o início do mandato, a administração petista já demonstrava fraqueza.

O peemedebista afirmou que, apesar da "guerra enorme do governo" contra sua candidatura à presidente da Câmara, um sentimento contrário ao PT o ajudou a se eleger para o comando da Casa.

Cunha lembrou que o candidato petista que disputou com ele, Arlindo Chignaglia (SP), teve praticamente o mesmo número de votos que Dilma teve para tentar barrar o impeachment.

O parlamentar petista foi derrotado por Cunha por 267 votos a 136. Já o impeachment de Dilma foi aprovado pela Câmara por 367 votos a 137. Na avaliação de Cunha, isso demonstra que o governo Dilma tinha o tamanho de sua base limitado.

"Ou seja, a Casa continuou dentro do processo de impeachment exatamente como estava no início da legislatura", disse.

O presidente afastado da Câmara afirmou que dados como esse mostram que o governo Dilma não tinha maioria e, por isso, acabou sofrendo derrotas no Parlamento.

"E foi ficando cada vez mais fraco com a (Operação) Lava Jato", afirmou o peemedebista.

CPI da Petrobras

Cunha disse também que esta "absolutamente convicto" de que não mentiu à CPI da Petrobras em 2015 quando disse que não possui contas não declaradas o exterior.

A possível mentira foi justamente o que embasou o pedido de cassação do peemedebista, apresentado pelo PSOL e Rede no Conselho de Ética da Câmara.

"Estou absolutamente convicto de que não menti", afirmou Cunha. Apesar das provas apresentadas pelo Ministério Público Suíço e pelo Banco Central brasileiro, o peemedebista disse que não há comprovações de que ele tinha contas secretas que movimentava fora do país.

"Eu ter conta na literalidade da conta, não há comprovação disso, não tem como comprovar", disse.

O presidente afastado da Câmara disse que, na CPI da Petrobras, nenhum dos parlamentares o questionou se sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, possuía contas no exterior.

"Ela detinha sim conta, dentro do padrão do Banco Central e não tinha obrigação de declarar", afirmou. Ele ressaltou ainda que não estava sob juramento na comissão e que não se furtou a responder qualquer pergunta.

Balanço

Cunha também fez um balanço dos trabalhos da Câmara enquanto era presidente. Ele citou a adoção de uma pauta independente na sua gestão. Entre as matérias aprovadas dessa pauta, ele citou a redução da maioridade penal e alguns pontos da Reforma Política.

O peemedebista rebateu a tese defendida pela presidente afastada Dilma Rousseff de que a votação de uma "pauta-bomba" inviabilizou o governo da petista. "Como se a Câmara fosse um conjunto de irresponsáveis", disse.

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