Brasil

Governo deve apresentar nova reforma agrária em julho

A ampliação da reforma agrária é uma das principais cobranças dos movimentos sociais do campo ao governo da presidente Dilma Rousseff

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 15h56.

Brasília - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, disse hoje (22) que o governo está preparando um novo programa de reforma agrária, que deve ser apresentado em julho.

A proposta está sendo discutida com governos estaduais, municipais e entidades do campo e deverá ser apresentada à presidente Dilma Rousseff para que seja lançada até o aniversário de 45 anos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no começo do próximo mês.

“No dia 9 de julho é o aniversário do Incra, o ideal seria que até lá estejamos lançando o programa. Vamos trabalhar com esta data como referência, mas é claro que decisão final será da presidente, com relação ao momento e com relação aos conteúdos”, disse o ministro em entrevista após o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016.

A ampliação da reforma agrária é uma das principais cobranças dos movimentos sociais do campo ao governo da presidente Dilma Rousseff.

Em 2014, o governo assentou 32 mil famílias. Desde 2011, início do governo Dilma, foram 107 mil famílias assentadas, resultado muito inferior ao de governos anteriores. Nos primeiros quatro anos de mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assentou 232 mil famílias.

“O nosso desejo é o assentamento, em condições dignas, de toda as pessoas, famílias, que hoje estão acampadas”, disse o ministro, sem adiantar os números.

O governo também prepara para o próximo mês, uma revisão dos limites de financiamento do programa nacional de crédito fundiário.

Durante o lançamento do plano, o coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Marcos Rochinski, cobrou do governo federal a reforma agrária para combater conflitos fundiários e a violência no campo.

“Não é possível continuar sem a implementação de uma reforma agrária efetiva, entendamos de uma vez por todas que não seja mais necessário derramamento de sangue por disputa de terras”, disse Rochinski.

E acrescentou: “Nós todos precisamos dar um voto de repúdio ao latifúndio improdutivo, a toda forma de violência no campo”.   

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaDilma RousseffGoverno DilmaInvestimentos de governoPersonalidadesPolítica agráriaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresTrigo

Mais de Brasil

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas

João Campos mantém liderança em Recife com 76% das intenções de voto, aponta Datafolha