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Governo deve anunciar pacote de concessões em 13 de setembro

Em breve entrevista a jornalistas, Temer não deu detalhes sobre o pacote, mas afirmou que as desestatizações estão de pé


	Michel Temer: o presidente já havia dito que uma ampla agenda de reformas está sendo promovida no Brasil com foco em elevar a produtividade da economia
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

Michel Temer: o presidente já havia dito que uma ampla agenda de reformas está sendo promovida no Brasil com foco em elevar a produtividade da economia (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2016 às 13h25.

São Paulo -- O governo federal deve anunciar em 13 de setembro o primeiro pacote de concessão de ativos de infraestrutura, afirmou neste domingo o presidente Michel Temer, na China.

Temer viajou para o país asiático para participar da reunião de líderes do G20 logo após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, na semana passada. Em breve entrevista a jornalistas, Temer não deu detalhes sobre o pacote, mas afirmou que as desestatizações estão de pé.

"No dia 13, deveremos anunciar aquelas matérias que poderão ser concedidas", disse Temer a jornalistas. Mais cedo, o presidente havia dito em discurso que uma ampla agenda de reformas está sendo promovida no Brasil com foco em elevar a produtividade da economia e gerar ambiente de negócios mais favorável.

Na entrevista, o presidente citou que indicadores de confiança na economia "cresceram enormemente e quando a confiança cresce o emprego começa a aumentar e você naturalmente terá alegria. Mas com 12 milhões de desempregados há uma certa tristeza nisso e uma certa indignidade".

A declaração foi em resposta a pergunta de jornalista sobre comentários do papa Francisco, que na véspera pediu orações ao povo brasileiro "neste momento de tristeza".

Segundo Temer, o papa "revelou uma preocupação com o Brasil, que é uma preocupação que todos nós temos. A alegria se formará pouco a pouco ... não tenho a menor dúvida de que nós saímos de um instante um pouco complicado. Foram três, quatro meses de uma problemática político-institucional que gerou conflitos", disse. "Neste sentido,  o papa disse 'orem pelo Brasil'. Quem faz uma oração faz para que a ação seja pacificadora e acho que isso é o que o papa está pedindo", disse Temer, que aproveitou para criticar depredações ocorridas durante manifestações que se seguiram ao impeachment de Dilma, na semana passada.

Apoio de base

Questionado sobre o comportamento da base aliada, Temer afirmou que mantém diálogo permanente com os partidos e disse que preza "muito o apoio do PSDB". "Com esta base sólida, vamos conseguir aprovar questões aparentemente difíceis, mas que produzirão efeitos muito benéficos no futuro", disse o presidente sem dar detalhes. O governo pretende, além de aprovar o Congresso proposta que limita o aumento de gastos, apresentar reformas da Previdência e nas relações de trabalho.

Ao ser questionado sobre a necessidade de discutir a relação com sua base, o presidente afirmou que com uma base de quase 20 partidos, se não fizer isso permanentemente não se consegue manter a união.

"Quando tivermos dois, três partidos fica mais fácil, mas, por enquanto precisamos conversar permanentemente", disse Temer. "Precisamos de base sólida, mas mais do que isso, a compreensão dos partidos que nos apoiam e até o presente momento não tenho dúvida desta compreensão", acrescentou.

Sobre a proposta de reajuste dos salários do Judiciário, Temer afirmou apenas que vai esperar o posicionamento do Senado.

"Vejo que há grande divisão do Senado, mesmo no PMDB. Não se pode ter gastos públicos neste momento." Temer afirmou ainda que após o G20, ficou marcada uma reunião dos Brics – grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - no Estado de Goa, na Índia, em outubro e que entre as  preocupações comuns estão desemprego, terrorismo e mudanças climáticas, pauta que também é do interesse das nações do G20.

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