Brasil

Governo defenderá regras do pré-sal no Senado, diz líder

Segundo o líder do governo no Senado, o executivo vai trabalhar para manter as atuais regras da partilha para a exploração e produção do petróleo no pré-sal


	Delcídio Amaral (PT-MS): "a posição do governo é não mudar nada daquilo que nós votamos quando do advento do pré-sal
 (Wikimedia Commons)

Delcídio Amaral (PT-MS): "a posição do governo é não mudar nada daquilo que nós votamos quando do advento do pré-sal (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 19h26.

Brasília - O governo vai trabalhar para manter as atuais regras da Lei de Partilha para a exploração e produção do petróleo nas camadas do pré-sal brasileiro, afirmou nesta segunda-feira o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).

O Senado deve debater na terça-feira, em uma sessão temática, um projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que desobriga a Petrobras da função de operadora única do pré-sal, com participação mínima de 30 por cento das áreas.

O Senado aprovou neste mês um pedido de urgência para a tramitação da matéria. Entretanto, não há, segundo Delcídio, uma previsão de calendário para a votação. "A posição do governo é não mudar nada daquilo que nós votamos quando do advento do pré-sal. É o conteúdo nacional, é a partilha e manter os 30 por cento", disse o líder a jornalistas.

"Amanhã vai ser um debate aberto, com posições contrárias, posições a favor. É mais para esclarecer esse tema e tornar esse tema mais vivo no dia a dia dos debates."

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, defende, no entanto, que a participação mínima da Petrobras não seja obrigatória. “Eu tenho uma posição e vou discutir com a minha bancada, de a gente colocar preferencialmente a questão da Petrobras participar com 30 por cento e ela terá prazo para exercer essa preferência”, explicou.

Críticos da obrigatoriedade de participação de ao menos 30 por cento da Petrobras nos campos do pré-sal afirmam que a exigência poderá engessar a companhia, que tem passado por dificuldades financeiras em meio à investigação de um bilionário esquema de corrupção, apurado pela operação Lava Jato.

Para a sessão temática do Senado foram convidados o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Jorge Camargo, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, e o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, além do gerente-geral de Exploração e Produção do Pré-sal da Petrobras, Daniel Cleverson Pedroso.

Também constam como convidados o ex-presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) Haroldo Lima, o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Alberto Machado, além de professores e consultores.

Texto atualizado às 19h26

Acompanhe tudo sobre:EnergiaGovernoPetróleoPolítica no BrasilPré-salSenado

Mais de Brasil

Pacheco afirma que projeto sobre transparência de emendas será aprovado até o fim de novembro

Defesa Civil alerta para chuva intensa em SP com raios e ventos até 70 km/h

CRV digital: o que é e como baixar o documento

Delegado da Polícia Federal é nomeado como Secretário-Geral da Interpol