Brasil

Governo de SP vai manter vacinação de adolescentes contra a covid-19

A imunização começou em São Paulo no dia 18 de agosto e já foram vacinados cerca de 2,4 milhões de adolescentes, ou seja, 72% deste público

Vacinação: em nota, o governo de São Paulo disse lamentar a decisão do Ministério da Saúde, "que vai na contramão de autoridades sanitárias de outros países" (Eduardo Frazão/Exame)

Vacinação: em nota, o governo de São Paulo disse lamentar a decisão do Ministério da Saúde, "que vai na contramão de autoridades sanitárias de outros países" (Eduardo Frazão/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2021 às 14h59.

Última atualização em 16 de setembro de 2021 às 15h10.

O governo de São Paulo informou que decidiu manter a aplicação da vacina contra a covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos por recomendação do Comitê Científico do estado. A posição foi divulgada após orientação do Ministério da Saúde, que retirou a recomendação de vacinação para esse grupo, o que está mantido só para os adolescentes com comorbidades.

A imunização começou em São Paulo no dia 18 de agosto e já foram vacinados cerca de 2,4 milhões de adolescentes, ou seja, 72% deste público.

Em nota, o governo de São Paulo disse lamentar a decisão do Ministério da Saúde, "que vai na contramão de autoridades sanitárias de outros países". "A vacinação nessa faixa etária já é realizada nos EUA, Chile, Canadá, Israel, França, Itália, dentre outras nações. A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles", declarou a gestão do governador João Doria (PSDB).

O estado disse ainda que "coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público". "Três a cada dez adolescentes que morreram com covid-19 não tinham comorbidades em São Paulo. Este grupo responde ainda por 6,5% dos casos e, assim como os adultos, está em fase de retomada do cotidiano, com retorno às aulas e atividades socioculturais."

"Infelizmente, e mais uma vez as diretrizes do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde chegaram com atraso e descompassadas com a realidade dos estados, que em sua maioria já estão com a vacinação em curso", concluiu. 

No documento, assinado por Rosana Leite de Melo, secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, o ministério da Saúde afirma que a maioria dos adolescentes sem comorbidades são assintomáticos ou apresentam poucos sintomas. No entanto, especialistas dizem que vacinar os mais jovens é uma estratégia importante para frear a transmissão do vírus.

Além de São Paulo, o Rio de Janeiro, Aracaju, Goiânia, Manaus, Vitória e Porta Alegre também informou que não irá interromper a vacinação em adolescentes. Parte das cidades, como Salvador, Natal e Distrito Federal, já mandou parar a imunização nessa faixa etária. Já a capital paulista, por exemplo, informou que não vai suspender. O governo federal não esclareceu qual será a orientação para quem já tomou 1ª dose.

  • Quer saber tudo sobre o ritmo da vacinação contra a covid-19 no Brasil e no Mundo? Assine a EXAME e fique por dentro.
Acompanhe tudo sobre:Criançassao-paulovacina contra coronavírus

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP