Brasil

Governo de SP reclassifica a quarentena; medidas devem continuar

Os estabelecimentos podem abrir com capacidade de 60% e entre as 6h e às 23h. Nas redes de ensino, o governo deve manter as regras atuais, com 100% de capacidade

Movimento em frente a shopping center de São Paulo. (Roberto Parizotti/Fotos Públicas)

Movimento em frente a shopping center de São Paulo. (Roberto Parizotti/Fotos Públicas)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 28 de julho de 2021 às 06h00.

Última atualização em 28 de julho de 2021 às 13h49.

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia.

O governo de São Paulo reclassifica a quarentena em todo o estado nesta quarta-feira, 28. A expectativa é de que a validade das regras atuais, que termina no dia 31 de julho, seja prorrogada por, pelo menos, mais duas semanas. Os estabelecimentos podem abrir com capacidade de 60% e entre as 6h e às 23h.

Há uma dúvida se o toque de recolher, atualmente das 23h às 5h, deve continuar. A medida ajudou muito a diminuir as aglomerações de festas no período noturno e facilita o trabalho das forças de segurança na fiscalização de eventos clandestinos.

Nas redes de ensino público e privado, o governo deve manter as regras atuais, com 100% de capacidade, com distanciamento de um metro entre os estudantes, uso de máscara obrigatório, e a disponibilidade de álcool em gel. Por enquanto, a volta não é obrigatória e cada escola tem autonomia para estabelecer regras que façam sentido no contexto local.

Desde o começo de maio, o governo de João Doria (PSDB) decidiu adotar uma quarentena que chama de ‘transição’ de forma uniforme em todo o estado, sendo permitido às prefeituras impor regras mais rígidas de acordo com a situação local. Antes, o modelo era determinado por fases, indo da 1 vermelha, a mais restrita, até a 5 azul, a mais flexível, e feito por macrorregiões.

De maneira geral, o estado de São Paulo conseguiu reduzir os índices de casos, mortes e internações por covid-19. A taxa estadual de ocupações em leitos de UTI está em 54% e na Grande São Paulo em 49%. A média diária de novos casos está em 9.693, metade do registrado no pico em junho, e valor próximo da primeira onda, no meio do ano passado.

Quando o recorte é feito apenas na capital paulista, o cenário é menos preocupante do que há alguns meses. O número de casos confirmados de covid-19 na última semana ficou abaixo dos 10 mil, valor similar ao registrado no início da pandemia, em abril de 2020.

No interior, a queda no número de óbitos também é significativa. Quase metade das cidades do estado de São Paulo - 288 o que corresponde a 44% - não registraram mortes por covid-19 na penúltima semana. Segundo dados da Secretaria de Saúde do estado de São Paulo, a média diária de vítimas na semana retrasada foi de 383. O número é inferior ao registrado no pico da pandemia, no começo de abril, quando estava em mais de 800 mortes.

Na avaliação de especialistas em saúde público ouvidos pela EXAME, os números são reflexo da vacinação. Na terça-feira, 27, o estado atingiu 75% da população adulta vacinada com pelo menos a primeira dose. Considerando as pessoas que concluíram o esquema vacinal, com duas doses ou com dose única, 20% estão totalmente protegidas.

No dia 20 de agosto, o governo estadual realiza o grande dia D, em que deve concluir a aplicação da primeira dose em todas as pessoas acima de 18 anos. A partir daí começa a vacinação de crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos, e a conscientização para que os adultos tomem a segunda dose.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusExame HojeJoão Doria JúniorPandemiasao-paulo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas