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Governo de SP investiga venda de bebidas adulteradas em bares na Mooca e no Jardins

Estabelecimentos estão sendo investigados após suspeita de comercialização de bebidas adulteradas, que teriam causado intoxicação por metanol; 117 garrafas foram apreendidas pelas autoridades

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 29 de setembro de 2025 às 20h19.

Última atualização em 29 de setembro de 2025 às 20h59.

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As secretarias estaduais da Saúde (SES) e da Segurança Pública (SSP) de São Paulo investigaram três bares e adegas localizados nas regiões dos Jardins e Mooca nesta segunda-feira, 29. As ações foram feitas em colaboração com o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) e a Vigilância em Saúde do Município de São Paulo (Covisa).

Os estabelecimentos estão sendo investigados em razão da suspeita de comercialização de bebidas adulteradas, que teriam causado intoxicação por metanol.

Durante a fiscalização, foram apreendidas 117 garrafas de bebidas sem rótulos e sem comprovação de origem, que serão enviadas para perícia no Instituto de Criminalística (IC) da Polícia Técnico-Científica. Além disso, dois dos estabelecimentos foram autuados por irregularidades sanitárias.

Essas ações foram intensificadas em toda a Grande São Paulo. Em setembro, mais de 43 mil fiscalizações foram realizadas em diversos estabelecimentos comerciais, incluindo bares, restaurantes, adegas e distribuidoras de bebidas, nos 645 municípios do estado.

Novos casos de intoxicação 

Desde junho deste ano, foram confirmados seis casos de intoxicação por metanol, com suspeita de que tenham ocorrido devido ao consumo de bebidas adulteradas.

Atualmente, há dez casos sob investigação, sendo três deles fatais: um homem de 58 anos em São Bernardo do Campo, outro de 54 anos na capital paulista e o terceiro de 45 anos, ainda em investigação quanto ao local de residência. Um caso já foi descartado.

O Centro de Vigilância Sanitária alerta que o consumo de bebidas alcoólicas de origem clandestina ou sem comprovação de procedência confiável representa um risco significativo à saúde, pois pode conter substâncias tóxicas, como o metanol.

O órgão também recomenda que bares, restaurantes e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à procedência dos produtos que oferecem, garantindo que as bebidas sejam adquiridas apenas de fabricantes legalizados, que possuam rótulo, lacre de segurança e selo fiscal. A orientação é evitar bebidas de origem duvidosa, a fim de prevenir casos de intoxicação e proteger a saúde da população.

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